Rio - Não é invenção. Os inventores estão em alta. Os cariocas, principalmente. Eles já chegam a 400 no estado e ocupam o segundo lugar no Brasil – o Sul do país é o primeiro - no ranking de criadores de equipamentos simples, mas práticos, que solucionam uma infinidade de problemas no dia a dia. O número representa 10% dos 4 mil autores da Associação Nacional dos Inventores (ANI).
Não é à toa que a criatividade dos inventores é o tema escolhido pela Vila Isabel, no enredo ‘Corra que o futuro vem aí’, para o Carnaval 2018. E mais: o lendário Professor Pardal, de Walt Disney, está completando 65 anos. Há talheres que flutuam para secar, suporte para não precisar segurar o guarda-chuva, bonés com água para hidratar atletas, aplicador de desodorante nos dois sovacos ao mesmo tempo.
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“Longe dos centros de pesquisas e bancos acadêmicos, os inventores populares do Rio de Janeiro estão em evidência”, atesta o presidente da ANI, Carlos Mazzei. Há 25 anos a associação é uma vitrine para os inventos registrados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O “pai dos inventores”, como é conhecido, ressalta que as ideias estão em ebulição, pois a ANI está selecionando seis inventos para a Feira Internacional de Invenções e Tecnologia, em Taiwan, na China, a maior do mundo, em setembro.
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Moradora de Duque de Caxias, na Baixada, a analista de sistemas Lídia Oliveira, de 30 anos, está confiante com o seu invento, o Sistema Integrado de Requisições Médicas (SIRM). “Apresentar minha invenção para empresários de 150 países é a chance que eu preciso”, sonha Lídia.
Ela garante que o SIRM vai salvar vidas, ao otimizar requisições médicas e informações clínicas compartilhadas entre equipes de plantões sobre o paciente. “Minha iniciativa partiu de internações de meus pais (idosos), vítimas de erros de tratamentos, por conta de falhas de comunicação”, garante.
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Entre os cariocas inventores estão alguns com projetos já visados por grandes empresas. É o caso do Faqueiro Mágico, do analista de sistemas Ronaldo Siqueira da Silva, 57 anos, da Vila da Penha. O acessório fixa, como mágica, por meio de uma combinação de imãs numa base, talheres, no fundo de armários ou paredes. Os talheres flutuam.
“Minha esposa, Carla, é muito exigente. Se ela aprovou, é porque a invenção é boa”, brinca Ronaldo. Além da estética inusitada na cozinha, os talheres secam rápido, evitando mofos, fungos e bactérias, que proliferam em gavetas”, propagandeia.
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Também na mira da produção em alta escala está o para-choque para motos, do desenhista industrial de Guadalupe, Ricardo Avelino, 48 anos; o visor de água, projetado pela dona de casa de Niterói, Marilena Santos, 48, que evita a queima de bombas d’água com a detecção precoce de ar em encanamentos; bracelete a prova d’água para celular, de Daniel Beltrão, do Centro; e o BioSmartCard, validador eletrônico para pagar passagem com cartão de crédito.
No site www.inventores.com.br há detalhes dessas e outras ideias, além de informações e instruções de como registrar um invento, marcas, patentes e aplicativos.
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