Rio - A Polícia Militar montou um planejamento especial para reforçar a segurança na Favela da Rocinha. De acordo com o secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, 500 policiais militares permanecerão por dia na comunidade da Zona Sul. Além disso, os gabinetes de Operações Especiais e de Polícia Pacificadora passam a funcionar na Rocinha por tempo indeterminado.
"A polícia se preparou para a saída das Forças Armadas. Reitero o pedido de colaboração da população por meio do Disque-Denúncia. Continue acreditando, vamos checar todas as denúncias", afirmou Sá, que disse respeitar a decisão do Comando Militar do Leste de retirar as tropas da Rocinha. Os comandos ficarão baseados na localidade conhecida como Portão Vermelho.
O coronel Roberto Itamar, porta-voz do Comando Militar do Leste, comentou a suposta fuga do traficante Rogério 157, pivô da crise na favela, apesar da presença ostensiva dos militares.
"Existia a possibilidade do Rogério estar na mata ou fora da comunidade. Não sabíamos se estava na Rocinha. O cerco não tinha o objetivo de cercar uma pessoa e sim proteger a população que se viu ameacada por conta da briga de territórios. A busca de pessoas ou de materiais é de responbilidade da segurança pública", disse.
Segundo ele, desde o início do cerco, nas áreas delimitadas pelo serviço de Inteligência, os criminosos da quadrilha do Rogério 157 não saíram da favela.