Rio - O Ministério Público do Estado do Rio, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia por latrocínio (roubo seguido de morte) contra sete suspeitos de matar dois seguranças da Souza Cruz no Arco Metropolitano, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense.
O crime aconteceu no dia 31 de maio deste ano, por volta das 9h. Segundo a denúncia, armados com fuzis, os suspeitos pararam um caminhão de carga da empresa para roubá-lo. O veículo era escoltado por um carro, onde estavam quatro seguranças. De acordo com o MP, os denunciados então atiraram contra os vigilantes. Jonas de Souza da Silva e Benedito Charles da Silva morreram ainda no local. Reginaldo dos Santos Aragão ficou ferido, mas sobreviveu graças ao socorro prestado por um policial militar que passava pela rodovia.
De acordo com a denúncia, após matarem os seguranças, os suspeitos renderam o motorista do caminhão e ordenaram que ele dirigisse até uma estrada de terra na região. No local, a carga foi transportada para outro veículo, que já aguardava pela chegada do produto do roubo. Segundo o MP, toda a ação foi registrada pelas câmeras de vigilância instaladas dentro do caminhão da Souza Cruz.
O MPRJ requereu à Justiça a prisão preventiva dos sete denunciados: Alex da Conceição, conhecido como “Chavinho”; Breno da Silva de Souza, Genário Fernandes Pereira Moreno, Jairo Rodrigues Alves, Leílson Lima da Costa, conhecido como “Liu”; e Rafael Leopoldo da Silva, o “Lourinho”. Este último foi preso em flagrante no Rio Grande do Norte pela prática dos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, receptação e organização criminosa.
Segundo a denúncia, participaram ainda do crime o suspeito Breno Soares Lopes, conhecido como “Peludinho”, e um adolescente. Breno não foi denunciado porque foi morto em agosto deste ano, em confronto com vigilantes de um supermercado durante tentativa de roubo a um caixa eletrônico alocado dentro do estabelecimento. Nesta ação, uma mulher grávida foi baleada e morreu.
Todos foram denunciados pelo crime de latrocínio e por corrupção de menores, devido à participação do adolescente no assalto. As investigações foram realizadas pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).