Rio - Dois casos de leishmaniose visceral, doença transmitida pelo mosquito-palha e que tem como hospedeiro o cachorro, ligaram o alerta em Volta Redonda, no Sul Fluminense. Uma das vítimas, uma mulher de 37 anos, morreu mês passado. A informação foi confirmada pela prefeitura.
A vítima estava internada desde o dia 5 de setembro no Hospital Munnir Rafful e, cinco dias depois de ir para o CTI da unidade, acabou morrendo no dia 11 do mesmo mês. Ela era moradora do bairro Retiro.
Uma outra mulher que estava internada há 10 dias no mesmo hospital recebeu alta nesta terça-feira, 16 dias depois de ser hospitalizada. A senhora, de 62 anos, reside no bairro Ponte Alta, a poucos metros de onde morava a vítima fatal.
Segundo a coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, que acompanha os casos, foram apenas duas notificações em seis meses, mas ambas ocorreram em setembro. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o Ministério da Saúde forneceu o medicamento para o tratamento das pacientes.
A Secretaria de Saúde de Volta Redonda, através das Vigilâncias Epidemiológica e Ambiental, integrada com a Atenção Básica, está realizando vigilância nas áreas onde ocorreram os casos. Também estão sendo dadas orientações aos agentes de saúde do município para identificar os casos e comunicar a Vigilância Epidemiológica e Ambiental.
Doença tem como hospedeiro o cachorro
Moradores estão sendo orientados quanto aos possíveis sintomas da leishmaniose
como, por exemplo, emagrecimento sem motivo aparente. A Saúde da cidade disse que está realizando campanha de educação a todos os profissionais da rede municipal.
A Vigilância Ambiental também está instalando armadilhas a fim de identificar o vetor e faz inquérito entomológico e sorológico de cães com visitas nas casas.
Os cachorros são os hospedeiros da leishmaniose visceral, que é transmitida através do mosquito-palha. No entanto, a falta de saneamento básico também cria terreno para a disseminação da doença.