Por karilayn.areias
Rio - O Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) denunciou, nesta quinta-feira, Lucilene do Nascimento Lourenço. A mulher é acusada de fazer abortos ilegais e, com a prática, ter provocado a morte da estudante Glaice Kelly Sobral do Nascimento, de 20 anos. O crime aconteceu no dia 28 de julho.

Glaice morreu dois dias após realizar o procedimento, vítima de um grave quadro infeccioso. Lucilene responderá por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e emprego de meio cruel) e crime de aborto com consentimento da gestante. 

Segundo as investigações, Lucilene Lourenço era empregada doméstica e não possuía nenhum tipo de qualificação técnica ou profissional, instrumentos cirúrgicos adequados ou local com condições mínimas de higiene para realizar a intervenção, que ocorreu em sua própria residência. Ainda de acordo com a denúncia, a empregada doméstica cobrava R$1.200 por aborto e chegava a realizar mais de um procedimento por dia.

O MP também pediu a decretação da prisão preventiva de Lucilene, já que solta ela pode voltar a realizar procedimentos abortivos, colocando mais vítimas em risco.
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A denúncia aponta, ainda, que a acusada ordenou a destruição de provas durante a investigação, ao determinar que uma testemunha conhecida dela destruísse o chip do telefone pelo qual se comunicavam e dissesse à polícia que não se conheciam.