Rio - "Ele não coloca só o PMMA (substância usada, em pequenas quantidades, para preenchimento corporal), ele mistura com silicone industrial para o produto render", descreveu a estudante Thais Buenno, de 23 anos, sobre os métodos do médico Denis Cesar Barros Furtado, de 45 anos, conhecido como 'Doutor Bumbum', suspeito da morte da bancária Lilian Calixto. Thais sobreviveu ao procedimento, mas sofreu danos estéticos. Denis teve a prisão decretada após a morte de Lilian e é procurado pela polícia.
Em entrevista ao DIA, Thais, que vive em Los Angeles, na Califórnia, onde faz pós-graduação em Economia, revelou que conheceu o trabalho do médico pelas redes sociais, onde uma amiga mostrou a foto de um trabalho feito por Denis. "Não sei se a foto era dela, pois ela não me contou. Entrei nas redes dele, vi as fotos e gostei do resultado".
Thais contou que agendou a consulta no valor de R$ 700 por telefone e foi informada por WhatsApp que o procedimento seria feito em um spa mas, chegando ao local, percebeu que era a casa da mãe do médico, em Brasília. Ela também relatou que, no mesmo dia da aplicação, outra paciente foi atendida e teve complicações.
"No dia que do meu procedimento, outra moça também fez. Ela fez antes de mim. Eu saí da sala dele por volta de 3h. Fiz amizade com a instrumentadora dele e depois ela me contou que essa moça, que era do Canadá, teve uma complicação e precisou voltar para fazer raspagem, pois ela era muito magra e ele aplicou uma quantidade muito grande".
A jovem revelou que soube da morte de Lilian através do seu médico e se sentiu lesada com a situação. "Eu gastei cerca de R$ 15 mil e vou ter que refazer todo o procedimento. Comprei um produto e ele aplicou outro. Pode ser que eu tenha alguma complicação. Vou ter que refazer com outro médico, além de tudo, deu uma diferença no tamanho dos glúteos", finalizou.
*Estagiária sob supervisão de Thiago Antunes
