Boneco de Lula foi proibido - Foto de leitor
Boneco de Lula foi proibidoFoto de leitor
Por Aline Cavalcante

Rio - Os Arcos da Lapa, na região central do Rio, foi o palco neste sábado do "Festival Lula Livre". A manifestação, segundo os organizadores, reuniu artistas e ativistas em "ato cultural e político em defesa da democracia e contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva". No evento, nomes da música brasileira como Chico Buarque, Gilberto Gil, Beth Carvalho, Jards Macalé, Chico César, Noca da Portela, Nelson Sargento e Odair José marcaram presença. Um boneco do ex-presidente foi inflado, mas acabou retirado do local por fiscais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

"Os fiscais levaram (o boneco) e disseram que usá-lo era proibido porque fazia referência ao Lula como presidente. Estão tentando nos calar, mas nós enfrentaremos, vamos continuar. Nós não vamos no calar, quanto mais tentarem contra nós, mas força ganhamos", disse Alexandre Cesar Rodrigues, 59, criador do boneco, que foi obrigado a guardá-lo. 

Em defesa de Lula, a ativista Anita Rodrigues espalhou pela cidade, em 14 outdoors, mensagens pedindo a soltura de Lula.

Além dos shows, o festival reuniu oficinas e atividades culturais. Por volta das 18h, a atriz Lucélia Santos discursou na Praça dos Arcos da Lapa, no palco principal. Ela defendeu a soltura de Lula.

"É um gesto de exigência que se faça justiça e que se faça valer a democracia. Todo o julgamento de Lula foi um erro. Não se trata de opinião, mas de constatação. Queremos a liberdade dele".

No meio do público, máscaras com o rosto do ex-presidente se multiplicavam. O público entoava gritos de ordem. Antes de se apresentar, o cantor e compositor Chico César também defendeu o movimento. Além dos shows, o festival também reuniu oficinas e atividades culturais.

O ex-presidente está preso desde abril, quando se entregou à Polícia Federal de Curitiba, capital paranaense. Após o juiz Sérgio Moro expedir mandado de prisão, Lula chegou a ficar dois dias na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP). Ele foi condenado em duas instâncias da Justiça no caso do triplex em Guarujá (SP). A pena estipulada pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) é de 12 anos e 1 mês de prisão, em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

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