Wilson Witzel - Carlos Magno
Wilson WitzelCarlos Magno
Por O Dia
Rio  - O governador Wilson Witzel usou sua conta oficial no Twitter para se pronunciar sobre o estado da qualidade da água fornecida pela Cedae, nesta terça-feira. De acordo com Witzel, "são inadmissíveis os transtornos que a população vem sofrendo". O governador escreveu que determinou uma apuração rigorosa tanto da qualidade da água quanto dos processos de gestão da companhia. Ele disse ainda que a empresa deve acelerar a solução definitiva para aprimorar a qualidade da água e do tratamento de esgoto das cidades próximas aos mananciais. 
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Moradores reclamam de água barrenta
Desde a última semana, ao abrirem a torneira, moradores se depararam com água barrenta, outros com água escura ou amarelada. "Quem tem condições, compra (água mineral). Quem não tem, ferve a suja. A gente precisa de ajuda, e a Cedae tem que resolver", pede Jaqueline.
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A equipe de O DIA percorreu a cidade e constatou que o problema atinge, sobretudo, Campo Grande, Ricardo de Albuquerque, Deodoro, Santa Cruz, Pedra de Guaratiba, Jacarepaguá, Costa Barros, Anchieta, Paciência, Piedade e Brás de Pina. Juntos, os bairros somam 1,1 milhão de moradores, segundo o IBGE de 2010.
Cedae: amostras estão dentro dos padrões
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Procurada para explicar o que vem sendo feito para solucionar o problema da água barrenta e malcheirosa, que vem saindo das torneiras nas casas de cariocas, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) informou, através de sua assessoria, que técnicos coletaram cerca de 150 amostras para análise.
Ainda de acordo com a nota, uma análise preliminar em unidade do macrossistema de abastecimento do Rio constatou que a amostra está "dentro dos padrões de potabilidade, atendendo aos indicadores estabelecidos pelas normas do Ministério da Saúde".
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'Água não representa risco para a saúde'
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio (Cedae) informou, no dia 7 de janeiro, que técnicos detectaram a presença da substância Geosmina em amostras da água. De acordo com a companhia, trata-se de uma substância orgânica produzida por algas e não representa nenhum risco à saúde dos consumidores. Desta forma, a água fornecida pode ser consumida pela população.
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Especialista fala ao DIA
De acordo com Júlio César da Silva, professor e chefe do Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente da Uerj, "vazamentos de detergentes e produtos químicos (efluentes industriais) na água bruta" podem ter causado o excesso de algas e gerado a contaminação.
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Segundo ele, a companhia falhou em não verificar o excesso de algas, embora exista um padrão específico de potabilidade. "O padrão de potabilidade existe em cima dos produtos que não vão causar mal a saúde. A água não é pura, tem sais minerais e outros materiais.O processo de tratamento da Cedae falhou ao não verificar este excesso (das algas) e alterar a dosagem no tratamento para evitar este problema na água tratada. Faltou checar a qualidade da água tratada antes de distribuir. Qualquer espécie química em excesso, fora dos padrões de potabilidade, é um contaminante. Pode não ser um problema grave, mas é um contaminante", destaca.
Tratamento com carvão ativado
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A CEDAE informou nesta segunda-feira (13) que o carvão ativado pulverizado que será aplicado no início do tratamento da água distribuída pelo Reservatório do Guandu a grande parte da população do Rio de Janeiro passará a ser empregado a partir da próxima semana.
Segundo a companhia, o produto e o equipamento para sua aplicação foram comprados na sexta-feira. "O carvão chegará até esta quarta-feira, e o prazo de entrega do equipamento que fará a aplicação é até este fim de semana", diz, em nota, a Cedae. De acordo com a companhia, o equipamento será montado imediatamente e passará a ser utilizado no início da próxima semana.
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Na quinta-feira, a Cedae informou que vai adotar em caráter permanente a aplicação de carvão ativado. A medida será adotada pela companhia de distribuição de água para reter a substância geosmina, que tem causado cheiro forte turbidez na água distribuída. A iniciativa da Cedae veio depois que consumidores de vários bairros da capital e da Baixada Fluminense reclamaram da cor turva e do cheiro forte da água servida à população.