Cláudia Silva Ferreira foi arrastada por viatura da Polícia Militar - Divulgação
Cláudia Silva Ferreira foi arrastada por viatura da Polícia MilitarDivulgação
Por O Dia
Rio - A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) tonará sem efeito a nomeação, feita nesta terça-feira, do PM Rodrigo Medeiros Boaventura para o cargo em comissão de superintendente de Combate aos Crimes Ambientais da pasta. Ele é um dos policiais envolvidos no caso da morte da auxiliar de serviços gerais Cláudia Silva Ferreira, arrastada por uma viatura da PM por 350 metros na Estrada Intendente Magalhães no dia 16 de março de 2014.
"A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade informa que tornará o ato de nomeação sem efeito", limitou-se a dizer a pasta, em nota. A medida veio horas depois do caso ser noticiado pela imprensa.
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A Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (Sicca) é um órgão vinculado à Subsecretaria Executiva da SEAS. No site da Secretaria, os objetivos da Sicca são bem claros.
"Propõe, coordena e organiza as atividades relacionadas a gestão administrativa e financeira da SEAS assim como, gerencia as atividades estratégicas dos Fundos da Mata Atlântica (FMA) e do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (FECAM). Atua também no planejamento, coordenação e execução nas ações de combate aos crimes ambientais, integrando os órgãos públicos responsáveis pela fiscalização ambiental das três esferas do governo", diz o portal.
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Em agosto do ano passado, a Seas divulgou também no site, um balanço das ações da Sicca. "De janeiro a julho deste ano, a Superintendência Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Sicca), vinculada à Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), realizou 45 operações de grande porte, com apoio das forças de segurança e do Inea, em todo o estado", lista.
"Os resultados obtidos são a realização de, pelo menos, 48 demolições em áreas de preservação; 71 medidas administrativas de crimes ambientais expedidas; 82 prisões e desfazimentos de 352 lotes irregulares e quatro poços artesianos ilegais; além das apreensões de 21 máquinas escavadeiras, 20 caminhões, duas motosserras, duas ceifadeiras, 31 animais, duas traineiras, 10,5 toneladas de peixes e 15 fornos de carvão demolidos", enumera.