Porta-voz da PM, tenente-coronel Gabryela Dantas, foi exonerada do cargo e vai assumir comando do 23º BPM - Reprodução/Twitter
Porta-voz da PM, tenente-coronel Gabryela Dantas, foi exonerada do cargo e vai assumir comando do 23º BPMReprodução/Twitter
Por O Dia
Rio – A Polícia Militar divulgou na noite desta quarta-feira (9) em seu boletim interno que a tenente-coronel Gabryela Dantas irá assumir o comando do 23º BPM (Leblon). A oficial foi exonerada, no início da tarde, do cargo de coordenadora de comunicação da corporação depois de ter atacado, em um vídeo publicado nas redes sociais, um repórter dos jornais O Globo e Extra. O major Ivan Blaz, que já foi porta voz da PM, retorna para a antiga função.

A tenente-coronel terá a missão de comandar o policiamento dos bairros Leblon, Ipanema, Gávea e Jardim Botânico, todos na Zona Sul do Rio.

A exoneração foi uma decisão do governador em exercício Claudio Castro. Nas redes sociais, o chefe do executivo reafirmou que confia no trabalho exercido pela Polícia Militar.
POLÊMICA

Após a publicação da reportagem sobre o alto número de descarte de munições usadas por policiais do 15º BPM (Caxias), a tenente-coronel Gabryela, então porta voz da PM, fez um vídeo afirmando que a matéria publicada pelos jornais Extra e O Globo era mentirosa. Na gravação, ele ataca diretamente o repórter alegando que ele agiu de forma maldosa e que aproveitou a morte de duas crianças, vítimas de balas perdidas, para colocar a população contra a Polícia Militar.

O vídeo foi publicado na página oficial da PM e apagado nesta quarta-feira.

O CASO

A Polícia Civil investiga as mortes das primas Emily Victoria, de 4 anos, e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7 anos, atingidas por balas perdidas enquanto brincavam na porta de casa em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Moradores da comunidade onde as crianças moravam acusam policiais militares de serem os autores do crime.

Cinco policiais lotados no 15ª BPM (Caxias) são investigados. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) apreendeu as armas dos PM, cinco fuzis e cinco pistolas.

Em depoimento, os policiais afirmaram que não efetuaram nenhum disparo na noite do crime e que estiveram na localidade por conta da denúncia de que um veículo roubado estaria circulando na região.