Decreto reabre crédito de R$ 1,6 bi para aquisição de vacinas - AFP
Decreto reabre crédito de R$ 1,6 bi para aquisição de vacinasAFP
Por Fernando Faria
Trinta e um de dezembro de 2019. As pessoas viviam a expectativa pela chegada de 2020, das festas e dos preparativos do Réveillon. Naquela mesma data a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebia um alerta do governo da China sobre uma nova doença, uma pneumonia viral desconhecida, com 27 casos sob investigação na província de Wuhan. O que não se poderia imaginar é que, ao longo dos 12 meses seguintes, os infectados somariam mais de 80 milhões no planeta, com quase 1,8 milhão de mortos, mais de 190 mil somente no Brasil. O ano de 2020 seria trágica e definitivamente marcado pela pandemia do novo coronavírus (confira no info, a retrospectiva dos fatos mês a mês).
A evolução dos fatos mês a mês  - KIKO
A evolução dos fatos mês a mês KIKO
A doença foi batizada de covid-19, termo que tão tristemente passou a fazer parte do cotidiano da humanidade. O vírus trancou o mundo em casa. Impediu abraços, beijos, separou pais de filhos, avós de netos, casais, amigos. Destroçou famílias e foi cruel com as vítimas, que sucumbiram sem nem ao menos terem a chance do conforto, do carinho ou do olhar daqueles que tanto amavam. Impediu até o último adeus, com caixões lacrados e cerimônias proibidas nos cemitérios. A covid-19 nos atingiu também no coração. 
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Muitos passaram a dividir, dentro de casa, trabalho e família. Quartos, salas, cozinhas, varandas e tudo mais viraram escritórios. Outros, sem essa chance, como profissionais de saúde, da segurança pública, dos transportes, entre tantos outros, tiveram que se arriscar e encarar o perigo.
Redes de saúde entraram em colapso e a economia foi arrasada mundo afora. O comércio fechou, indústrias pararam. Lojas centenárias não resistiram, empresas quebraram, sonhos foram pulverizados. A pandemia mudou a cara do planeta e escondeu a nossa sob máscaras. Em meio a tanta dor, incerteza, apreensão e desespero, só nos permitiu sorrir com os olhos.
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O 2020 que chega ao fim para sempre contaminado pela pandemia deixa como consolo o avanço das vacinas e a esperança da vitória da Ciência sobre o vírus e a ignorância. Que 2021 entre para a história como um ano realmente novo, em que o mundo comece a se livrar do pesadelo da covid-19 e que a humanidade volte a ter a perspectiva de se reencontrar e, sobretudo, de se abraçar.