Secretário de Fazenda, Pedro Paulo fez um esclarecimento público  - Luciano Belford
Secretário de Fazenda, Pedro Paulo fez um esclarecimento público Luciano Belford
Por Thuany Dossares
Rio - O 13º salário dos servidores da cidade do Rio pode ter que ser parcelado, segundo o Secretário Municipal de Fazenda, Pedro Paulo. Com cerca de R$ 10 bilhões em desafios fiscais, entre eles R$ 5 bilhões de déficit, um dos primeiros desafios do gestão de Eduardo Paes também será conseguir quitar os salários de dezembro no 5º dia útil de janeiro.
Até o momento, apenas servidores com salários até R$ 4 mil receberam o 13º salário. 

"A gente precisa ter acesso às contas, mas o 13º ele vai ter que ser negociado a parte. Possivelmente, vamos ter que discutir o parcelamento desse 13º, porque precisamos fazer um trabalho de reposição de caixa, se não a prefeitura vai continuar como estava antes, vendendo almoço para pagar a janta. Todo nosso trabalho é para não atrasar a folha de servidores no 5º dia útil, mas o 13º nós vamos ter que estudar de que forma nós vamos poder quitar com os servidores", declarou Pedro Paulo.

O secretário contou que irá ao centro administrativo, neste sábado, para verificar os saldos das contas da Prefeitura do Rio.

"A folha de dezembro não está sendo paga os recursos de 2020, ele será paga com recursos de 2021. Amanhã mesmo vou estar no centro administrativo para ver se nós vamos ter condições de pagar no 5º dia útil o salário de dezembro do servidor, e iniciar o estudo para podermos, em algum momento, dar o prazo para o servidor sobre o 13º que não foi pago. A situação é muito grave, o volume de restos a pagar é enorme, é algo que nem a Secretaria de Fazenda tem a dimensão ainda do tamanho desses restos a pagar", explicou.

Pedro Paulo disse ainda que além do déficit já contabilizado, também há despesas que não entraram no orçamento, como contratos com a Comlurb que não foram revistos.

"Ontem (quinta-feira) estava conversando com o presidente da Comlurb e dois dos principais contratos, do aterro de Seropédica, que acabou de ter em setembro um reequilíbrio do seu contrato, implicando um aumento de R$ 100 milhões para o ano que vem, e os contratos dos caminhões também tiveram um reequilíbrio de R$ 100 milhões, somados R$ 200 milhões para o ano que vem, e que não estão no orçamento da Comlurb. Está um volume enorme de despesas que não entraram no orçamento, mais contratos que não foram revistos. Então, por isso digo, que o desafio fiscal dá ordem de R$ 10 bilhões", falou.