
O ano de 2020 foi um desafio para os alunos se adaptarem à nova realidade escolar. Para aqueles que tiveram aula online, as horas em frente ao computador ajudaram a passar o tempo no confinamento. Mas durante as férias e em meio ao crescimento dos casos de covid-19, é preciso muita criatividade dos pais para ocupar os filhos ao longo dos dias em casa.
A arquiteta Daniella Cassano e o engenheiro Eduardo Melo desenvolveram atividades ao longo do ano para Enrico, de nove anos, e Pietro, de quatro. Com as férias, tiveram que pensar em mais opções para compensar a falta de passeios e o estresse das aulas online. A lista que já contava com cinema na sala, leitura, pintura, jogos de tabuleiro, brincadeiras para exercitar a imaginação, vídeo game e tarefas de casa, ganhou mais opções. As crianças também fazem biscoito, divertem-se na piscina...
"O desafio é dos grandes. Eles inventaram algumas coisas, nós outras. O vídeo game aumentou a frequência. Sempre querem novidades, mas também se viram muito bem sozinhos com seus brinquedos. O Enrico, que tanto era vidrado por computador, falou que ia tirar férias dele também. E assim fez!", conta Daniella.
Já na casa da corretora Glaucia Almeida e do gerente de contas Allyson Bressy, a pequena Lana, de quatro meses, ainda não entende bem o que se passa no mundo, mas o filho Theo, de 11 anos, tem aproveitado as férias para entrar no mundo dos livros. Com piscina e área de lazer do condomínio fechados, ele encontrou na leitura e também no teclado uma forma de se distrair além do vídeo game e do celular. E os pais buscam passeios em parques perto de casa para ele andar de skate.
"Depois que a família toda pegou covid, ele chegou a frequentar as aulas presenciais e os olhos dele brilhavam, mas voltou a ficar só em casa. Pelo tédio, Theo buscou outras formas de se divertir. Com mais tempo, pegou uma coleção de livros, toca um pouco mais o teclado. E nós buscamos descobrir lugares ao ar livre", afirma Glaucia.
E para a funcionária pública Flavia Sampaio e o analista de sistemas Bruno Figueiredo, os exercícios físicos na área livre do prédio são uma alternativa para conter a ansiedade da pequena Camila, de seis anos. Eles também liberaram por mais tempo o vídeo game e buscam jogos e brincadeiras, além de aproveitarem o início da alfabetização para fazer leituras.
"É desafiador. Quando ela tinha aula presencial, fazia várias atividades como balé, capoeira e natação. E percebemos que estava muito ansiosa e querendo comer a cada cinco minutos. Por isso a colocamos para fazer exercícios três vezes na semana, em lugar aberto, com profissional de educação física. Ela também anda de bicicleta e patins. Sempre respeitando as normas de segurança. Tentamos manter a rotina dela mesmo nas férias", explica Flavia.