No entanto, tanto a defesa de Witzel quanto a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), receberam autorização do presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, para acessar os depoimentos do processo de impeachment no dia 12 de março. assim como a todas as provas anexadas, incluindo os novos depoimentos das testemunhas Edmar Santos e Edson Torres encaminhados ao TJRJ pelo Superior Tribunal de Justiça.
Suspensão
Moraes também ordenou que um novo depoimento de Edmar fosse realizado. A defesa de Wilson Witzel pretendia ter acesso ao inteiro teor da delação premiada feita pelo ex-secretário, mas o compartilhamento da prova deferida pelo ministro Benedito Gonçalves, do STJ, diz respeito exclusivamente aos anexos em que o governador é citado. Os trechos da delação que não dizem respeito a ele, devem ficar resguardados.
Na decisão que convoca a retomada das sessões, o desembargador Henrique Figueira informou que a íntegra da colaboração premiada de Edmar Santos foi enviada pelo STJ e juntada ao processo. Ainda segundo o magistrado, foi disponibilizado aos advogados do governador afastado “todos os meios essenciais ao pleno exercício do contraditório e à ampla defesa”.
Na época em que sua denúncia foi recebida pelo ministro Benedito Gonçalves, Wilson Witzel disse, por meio de suas redes sociais, que “tenho as mãos limpas e a consciência tranquila de que ficará comprovada a minha inocência".
Wilson Witzel foi afastado do mandato em 2020 após denúncia de desvio de dinheiro público da área da saúde durante a pandemia.
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