Apresentação de boletim epidemiológico, no Centro de Operações Rio
Apresentação de boletim epidemiológico, no Centro de Operações RioESTEFAN RADOVICZ/AGÊNCIA O DIA
Por O Dia
Rio - A Secretaria Municipal de Saúde do Rio afirmou que aguarda uma recomendação oficial do Ministério da Saúde e da Anvisa sobre a implementação de barreiras sanitárias em aeroportos internacionais do país. A discussão sobre maior vigilância nas entradas das cidades ganhou força após a confirmação de que um morador de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, está com a variante indiana da Covid-19, a B.1.671.2. Ele retornou da Índia no último fim de semana e passou por aeroportos de São Paulo e Rio antes de receber o teste positivo para a Covid.
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Durante apresentação do 21º Boletim Epidemiológico, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que a pasta tem se reunido com o Ministério para discutir sobre barreiras sanitárias. "O Ministério da Saúde deve soltar recomendação e normas para barreiras sanitárias nos próximos dias. Estamos esperando o que é atribuição deles", comentou Soranz.
Nesta sexta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) propôs mudanças em relação ao ingresso de trabalhadores marítimos oriundos de países com circulação de novas variantes. Atualmente, trabalhadores podem vir ao Brasil, desde que tenham um exame RT-PCR negativo e não tenha reportado qualquer sintoma na declaração de saúde. A Anvisa sugere, agora, que os marítimos estrangeiros desses países sejam impedidos de ingressar no país, e os brasileiros precisariam cumprir necessariamente quarentena de 14 dias.
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A Anvisa informou também que deve enviar, nos próximos dias, a sugestão de "melhor delimitação dos locais para quarentena de casos suspeitos, de acordo com critérios e especificidades de estados e municípios". No caso do morador de Campos, ele desembarcou no Rio e foi de carro até sua cidade de origem, mas após o resultado positivo da Covid, precisou voltar à capital. 
O morador de Campos está isolado em um hotel do Rio, e segue monitorado pelas secretarias de Saúde. Pessoas que tiveram contato com ele foram rastreadas para testes, mas nenhum deu positivo. "O que sabemos da variante é que ela pode ter uma maior capacidade de transmissão, mas não há evidência científica. E ele está super bem. Ansioso, até porque foi veiculado em todo o país, mas bem", afirmou o superintendente de Vigilância em Saúde, Márcio Garcia.
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"Depois dos 14 dias, não há mais transmissão. Estamos monitorando, e em qualquer sinal de alteração, as pessoas serão testadas. A princípio, não temos indícios de alguém que tenha iniciado os sintomas", completou Garcia.
A Secretaria Municipal de Saúde atualizou os números de variantes identificadas na cidade: esta semana foram identificados 37 novos casos, sendo 11 moradores do Rio. No total, são 495 casos na cidade, sendo de 384 moradores. A variante mais comum identificada é a P.1.
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