Cursar uma graduação possibilita ter visão mais ampla do mundo, aumenta o círculo de amigos e aprimora o conhecimento em áreas de interesse, mas sem dúvida, essa é uma rotina fatiganteImagem Arquivo

Rio - A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) se manifestaram sobre a recente ação do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro, que levou a uma determinação judicial para que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) suspenda imediatamente a avaliação de programas de pós-graduação já em andamento.
A ABC e a SBPC acreditam que essa decisão vai na contramão do que vem sendo praticado ao redor do mundo, onde se busca cada vez mais a excelência da educação e da ciência, tecnologia e inovação. As entidades acreditam em trabalhos como o que vem sendo desenvolvido pela comunidade europeia, a 'Iniciativa de Desenvolvimento da Pós-Graduação Europeia' (European Graduate Tracking Initiative).
De acordo com as instituições, a Capes, com caráter pioneiro mundialmente, vem há décadas realizando acompanhamento dos estudantes em todo o território brasileiro, e o modelo de acompanhamento utilizado vem sendo aprimorado ao longo dos anos, sempre com ampla discussão, envolvendo todos os atores e partes interessadas do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG).
As entidades ainda reforçam que a segurança da avaliação da Capes foi a principal protagonista do fortalecimento da pós-graduação brasileira, contribuindo para o crescimento e o aumento da qualidade da ciência nacional em todas as áreas do conhecimento, desde as ciências humanas e sociais até as engenharias e tecnologias. 
Com isso, a ABC e a SBPC esperam que o Poder Judiciário reveja rapidamente essa decisão, que, de acordo com a categoria, vai contra a educação e a ciência, a tecnologia e a inovação brasileira.