Mestre MonarcoDivulgação/Ana Branco

Rio - O presidente de honra da Portela, Hildemar Diniz, o mestre Monarco, morreu neste sábado aos 88 anos. Ainda não há informações sobre a causa da morte. Ele estava internado desde o dia 21 de outubro no Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá. O baluarte foi um grande poeta de uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro. Entrou para a ala de compositores com apenas com 17 anos, em 1950, dando início a uma caminhada longa no mundo do samba. O velório será neste domingo, na quadra da Portela, ainda sem horário definido.
Mestre Monarco nasceu em Cavalcante, na Zona Norte e ainda criança foi morar em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Mais tarde voltou a capital, para Oswaldo Cruz, bairro que é um dos berços da Portela. Ele liderava a velha-guarda da escola desde 1995 após a morte do compositor Manaceia. Em 1960 entrou para a Unidos do Jacarezinho, mas voltou para a azul e branco em 1969. Em 1970 gravou o álbum "Portela, passado de glória", obra que contou com a produção de Paulinho da Viola.
O baluarte compôs obras que marcaram a cultura carioca como “Nunca vi você tão triste”; “Passado de glória”; “Portela desde criança” e o grande sucesso “Vai vadiar”, todas conhecidas por dar o ritmo de rodas de samba em todo o país. Seu último disco foi lançado em 2018 e participou de documentários como Candeia e Mistérios do Samba, que conta a história da velha-guarda da Portela.
Ainda jovem chegou a ser perseguido pela polícia por ser parte do movimento dos sambistas. Sua família seguiu seu legado e os filhos e a neta são músicos.