Segundo o órgão, o objetivo era fotografar e fazer um estudo topográfico da região para confrontar com as informações recebidas através de denúncias feitas por moradores da comunidade. Carros e o blindado da PM fizeram uma varredura na região durante a manhã. Agentes do Bope e do Batalhão de Choque também estiveram no local. A reprodução acabou por volta das 12h.
O promotor responsável pelo caso, Paulo Roberto de Mello Cunha, disse que apenas três dos 13 policiais ouvidos pelo MPRJ, participaram da reprodução simulada. "Selecionamos para participar hoje aqueles que entendemos que tinham os depoimentos mais completos e que poderiam dar uma versão mais explicada do que aconteceu. Os policiais afirmam que houve um confronto e que eles se defenderam e, encerrado o confronto, eles se retiraram e é o que vamos tentar reproduzir hoje".
A PM informou que o inquérito policial relativo ao caso foi para o Ministério Público da Auditoria Militar e que todos os agentes envolvidos na ação continuam afastados do serviço nas ruas.
A Polícia Civil disse que as investigações continuam e que aguarda a conclusão de laudos para esclarecer os fatos.
Participaram da ação: agentes do Grupo de Atuação Técnica e Especializada (GATE), da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia (DEDIT), ambos do MPRJ; além de peritos criminalistas da Polícia Militar. Promotores de Justiça que atuam perante a Auditoria Militar também estão presentes acompanhando as análises.
Na tarde desta segunda-feira, mais quatro PMs foram ouvidos pela Promotoria de Justiça Militar. Até o momento, 13 policiais militares que declaram ter participado da operação no Salgueiro no dia 20 de novembro foram ouvidos. O MPRJ ressalta que no decorrer das investigações podem ser necessárias novas oitivas de testemunhas para esclarecimentos dos fatos ocorridos.
Corpos foram encontrados no mangue um dia depois da saída do Bope
As armas usadas pela equipe policial durante a ação já foram entregues pela corporação militar na sede da DH, no dia 24. Foram apreendidos quatro fuzis Colt calibre 5.56 e quatro AR-10 calibre 7.62, que passarão por confronto balístico.
Ação feita para prender os responsáveis pela morte de PM
A operação da unidade especial foi realizada após o sargento Leandro Rumbelsperger da Silva, de 38 anos, lotado no 7º BPM (Alcântara), morrer em confronto com traficantes da região.
Em relatório produzido para justificar a excepcionalidade da operação, a Polícia Militar alegou que os militares do Bope se dirigiram até o Complexo do Salgueiro para resgatar colegas de farda que não conseguiam sair da comunidade e identificar e prender os responsáveis pela morte do sargento.
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