Três fuzis, uma pistola, nove carros, diversos equipamentos, carregadores, roupas táticas e coletes balísticos foram apreendidos na ação Reprodução
Informações que circulam em redes sociais afirmam que um grupo de milicianos ligados à Zinho se reuniam com mototaxistas, por volta das 19h, quando foram surpreendidos com a chegada de policiais militares. Entre os criminosos estava um identificado como Bibi, que é apontado como um dos homens de confiança do clã da família Braga.
Os agentes teriam sido atacados a tiros e houve uma intensa troca de tiros. Um áudio do rádio da viatura de uma das equipes, a qual O DIA teve acesso, um PM pede reforço por estar sendo atacado por mais de 40 milicianos. A localidade do Canto do Rio fica próximo a comunidade do Jesuítas, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.
"Mais de 40 elementos, mais de 40 elementos. Se possível manda reforço para o Canto do Rio. Vários elementos trocando tiros com guarnição", narrava o agente.
No confronto, o cabo Souza Matos, lotado no 24º BPM (Queimados), foi baleado. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, mas não resistiu.
Na ação, um suspeito também acabou morto. PMs do 24º BPM conduziram 19 pessoas para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), onde o caso foi registrado, mas apenas três ficaram presas. Policiais do 27º BPM (Santa Cruz), que deram apoio aos colegas de farda, capturaram quatro homens no Jesuítas e todos esses foram autuados em flagrante na especializada.
Policial sepultado
O cabo Devid de Souza Matos foi sepultado no final da tarde desta quinta-feira, no Cemitério Municipal de Miguel Pereira.
O PM estava na corporação desde 2011 e deixa esposa. Nas redes sociais, o governador Claudio Castro lamentou a morte do policial.
"Lamento profundamente a morte do policial militar Devid de Souza Matos, de 42 anos, atingido por um tiro quando cumpria seu dever de proteger a sociedade fluminense combatendo a milícia. Meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos. (...) Levaremos à justiça, a impunidade não é mais aceita no RJ. Continuaremos agindo com rigor e libertando a população que vive sob o terror destes grupos", publicou Castro.
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