Familiares e amigos de Daniele deixaram o cemitério em silêncioCleber Mendes/Agência O Dia

Rio - O corpo de Daniele Lyra Nattrodt Barros, que foi esquartejado e encontrado no porta-malas de um carro em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, na última quinta-feira (8), foi enterrado na manhã deste sábado (10) no cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste. Os cerca de 50 presentes, entre familiares e amigos, mantiveram silêncio sobre o caso e pediram privacidade. O principal suspeito do crime é o motorista Mário Raposo Yang, de 46 anos, que está foragido. Ele era companheiro da vítima.
Parentes e amigos da mulher de 38 anos não quiseram dar entrevistas. "Não está escrito assassino na testa de ninguém", limitou-se a dizer uma amiga da vítima. Outros amigos também chegaram a afirmar que não viam sinais de violência no relacionamento do casal, pelo menos em público. 
Após o sepultamento, familiares deixaram rapidamente o local, muito abalados. Já amigos de Daniele conversaram por alguns minutos ainda dentro do cemitério antes de deixarem o local. 
De acordo com depoimentos de parentes à polícia, Daniele planejava se separar de Mário há algum tempo por causa de suas crises de ciúme. Um dos prováveis motivos para o assassinato é o fato de Mário não aceitar a decisão de esteticista. 
A Justiça do Rio decretou, na última sexta-feira, a prisão do suspeito, já considerado foragido. O pedido partiu da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga o caso. O motorista foi flagrado por câmeras do segurança do supermercado deixando o carro que estava com o corpo de Daniele no porta-malas após três dias desaparecida.
 
Mário está foragido - Divulgação
Mário está foragidoDivulgação
 
Feminicídios 
Segundo o Departamento de Informações Gerenciais (DEIGE) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), 62 mulheres já foram mortas até o mês de outubro deste ano, data do último levantamento. O mês de janeiro foi o que apresentou o maior número: 11.
As informações sobre o paradeiro de Mário podem ser enviadas para o Disque Denúncia, que divulgou cartaz com rosto do respeito, pelos números 2253-1177, 0300-253-1177, ou ainda pelo WhatsApp (21) 99973 1177. A plataforma também disponibiliza a opção de envio através do aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.