'Tirou a vida do meu filho cruelmente. Só quero justiça', desabafa mãe de mecânico morto com barra de ferro
Mônica Pereira pede que homem preso por agredir seu filho, Jonathan Iago Pereira, seja condenado. Vítima foi sepultada, no fim da manhã deste domingo, em cemitério na Zona Oeste
Enterro de Jonathan Iago Coelho da Silva, morto com pancadas de barra de ferro em uma oficina mecânica. - Cleber Mendes/ Agência O Dia
Enterro de Jonathan Iago Coelho da Silva, morto com pancadas de barra de ferro em uma oficina mecânica.Cleber Mendes/ Agência O Dia
Rio - "Tirou a vida do meu filho cruelmente, então eu só quero justiça". Essas foram as palavras ditas pela mãe de Jonathan Iago Pereira Coelho, Mônica Pereira, de 49 anos, durante o sepultamento do filho, no fim da manhã deste domingo (11), no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. O mecânico morreu, na última sexta-feira, após ser atacado por um cliente pelas costas com golpes de barra de ferro na cabeça.
Segundo a mãe do mecânico, a família só quer que o responsável seja condenado pelo crime que cometeu. "Sei que não sou a primeira nem a última mãe que passa por situação assim, mas quero que seja feita justiça. Ele não estragou só uma família, estragou a minha e também a dele, porque ficamos sabendo que ele tem esposa e filho", comentou.
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A despedida a Jonathan foi acompanhada por cerca de 100 pessoas. Após o velório, que começou às 8h, amigos e familiares cantaram o hino do Flamengo, time do coração de Jonathan, durante o cortejo ao corpo em homenagem ao mecânico.
No caminho, a viúva de Jonathan, Isabella Lapert, precisou ser auxiliada por familiares. A mãe, Mônica, e o filho, de 10 anos, também foram acompanhados por parentes. Durante o sepultamento, o caixão foi coberto por uma bandeira do Flamengo.
"Meu filho era um homem exemplar, honesto, de bom coração e um ótimo pai. Sempre foi bom para todos. Não tem justificativa para o que aconteceu. Queremos justiça por ele", reforçou o pai de Jonathan, André Luis Ferreira da Silva.
Segundo o amigo Igor Nobre, Jonathan era uma pessoa querida e costumava estender a mão para todos. "Toda essa rapaziada que está reunida comigo aqui veio para homenagear a ele. Tem tricolores, palmeirenses, vascaínos, mas todos estão aqui com a camisa do Flamengo por ele. Só o Jonathan tinha esse poder de unir as pessoas. Ele era um cara do bem, super pai, mega esposo, cara família, ótimo profissional e que nunca desejou o mal a ninguém. Um cara super empático, que sempre estendeu a mão a todos", comentou o promotor de vendas.
Após o fim do sepultamento, os amigos de Igor estenderam a bandeira do Flamengo e gritaram pedindo por Justiça. "Só queremos que os fatos sejam averiguados e que, da melhor forma possível, a Justiça seja feita. As leis precisam ser cumpridas", comentou o promotor de vendas.
Insatisfação com serviço
O suspeito da agressão, identificado por amigos do mecânico como Thalles Henrique, teria cometido o crime por insatisfação com um serviço feito em seu carro na oficina onde Jonathan trabalhava, na Estrada Nogueira de Sá, em Realengo. Segundo relato de parentes, o então cliente havia tido um problema após um reparo feito na mecânica e, mesmo após a solução, retornou ao local para se queixar de outros problemas em seu carro, usando como justificativa esse primeiro serviço que não deu certo.
Na última ida à oficina de Jonathan, que fica na Estrada Nogueira de Sá, o suspeito teria tentado mais uma vez culpar o local por uma falha em seu veículo. Por não ter sua queixa atendida, amigos dizem que ele partiu para cima do mecânico. Depois da briga, o suspeito saiu do local dizendo que retornaria para matá-lo. "Covardemente ele bateu com uma barra de ferro na cabeça do meu filho", comentou a mãe da vítima.
Em nota, a Polícia Civil informou que o suspeito do crime foi preso, ainda na sexta-feira, em flagrante. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
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