Melquesedeque trabalhava como garçom no Tijuca Tênis ClubeReprodução Facebook

Rio - Agentes do programa Centro Presente prenderam, no fim da tarde desta segunda-feira (19), o homem suspeito de esfaquear e matar o paraquedista da reserva Melquesedeque Cassimiro de Souza, de 22 anos, em tentativa de assalto, no Centro do Rio. O caso aconteceu no último dia 30 de novembro, quando o jovem esperava por ônibus em ponto na Avenida Presidente Vargas.

Segundo a Delegacia de Homicídios (DHC), responsável pelo caso, o suspeito e outros três homens foram os autores da tentativa de assalto contra o jovem. A identidade do suspeito foi obtida pela especializada após levantamento de imagens de câmeras de segurança e do cruzamento de dados. Os agentes também descobriram que após o crime, ele se escondeu em um imóvel no Centro.
O suspeito foi preso na Praça Tiradentes, próximo ao local onde o assassinato ocorreu, por agentes do Segurança Presente que faziam o patrulhamento no parque. 

Melquesedeque, que era conhecido por amigos e familiares como Melk, voltava de restaurante onde trabalhava como garçom, há cerca de três meses, na Tijuca, Zona Norte. O jovem morava temporariamente com a ex-sogra, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
Depois de ser esfaqueado, Melk foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, também no Centro. Ele deu entrada na unidade, ainda n na noite do dia 30 de novembro, passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. 

Apesar de estar com seus pertences, uma mochila onde tinha documentos e celular, a vítima não teve seus familiares acionados pela unidade de saúde. Segundo relato dos parentes, a morte de Melk só chegou ao conhecimento da família por intermédio de terceiros que atuavam como policiais militares e informaram do paradeiro do corpo seis dias depois. 
O jovem foi enterrado no último dia 8 de dezembro, no Cemitério de Campo Grande, Zona Oeste do Rio, oito dias após a morte. O sepultamento foi acompanhado por familiares e colegas de farda do jovem, que fizeram questão de carregar o caixão com o corpo de Melk.
Para a ex-sogra e mãe de consideração do garçom, Monique Medeiros, a prisão do suspeito é um alívio, mas só ameniza a dor da partida de Melquesedeque. 
"A justiça dos homens, como falam, foi feita. Ele não será mais um que ficou para a estatística de impunidade. Foi cumprida o que deveria ser. Todos ficamos um pouco aliviados que esse homem não estará mais por aí solto, fazendo o mesmo com outras pessoas. Isso não vai trazer o Melk de volta, sabemos disso. Em todo caso, a notícia da prisão ameniza um pouco essa dor", disse Medeiros.
Repercussão
O assassinato de Melk chegou a ser compartilhado no Twitter por uma passageira de um ônibus que também aguardava no ponto da Avenida Presidente Vargas, naquela noite. Na postagem, ela contava como tudo aconteceu e pedia a ajuda de todos para identificar o jovem Melquesedeque. A postagem havia recebido cerca de três mil reações.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito foi encaminhado à DHC, onde foi cumprido o mandado de prisão temporária pelo crime cometido.