Obra de arte feita por Shambuyi Wetu em homenagem a Moïses Reprodução / Mídias Sociais

Rio – A família de Moïse Kabagambe, congolês morto em janeiro de 2022, organiza uma homenagem para o dia que marca um ano do crime, na próxima terça-feira (24), às 13h, em frente ao Quiosque Tropicália, onde ele trabalhava, na altura do posto oito, na Barra da Tijuca.
A intenção é mobilizar aqueles interessados em protesto, pedindo justiça. Os presos Fábio Pirineus da Silva, Brendon Luz da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, acusados de espancar Moïse até a morte com um taco de beisebol, ainda não foram julgados. Eles se tornaram réus em fevereiro de 2022. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), desde 6 de dezembro o caso se encontra na fase de apresentação de defesa.
Em entrevista ao G1 um ano após o crime, Djodjo Kabagambe, irmão da vítima, lamenta a falta de informações sobre o caso, afirmando estar desde o início sem notícias sobre o processo e, dessa forma, sente que não há avanço, fato que motivou a organização da homenagem.
De acordo com ele, a família deseja deixar o Rio de Janeiro após o desfecho do processo. Os dois irmãos e a mãe moram juntos, mas não revelam o local por medo, e administram o Quiosque Moïse, no Parque Madureira, na Zona Norte, concedido a eles pela Prefeitura, mas o espaço não está dando o retorno esperado. Djodjo adiciona ainda que lembram de Moïse todos os dias, e que ter recebido o estabelecimento não diminui a dor da ausência do irmão.