Inauguração do quiosque Moise no Parque de Madureira Sandro Vox / Agência O Dia
Procurador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ), Rodrigo Mondego, leu durante a inauguração do quiosque uma carta assinada pela família. A mãe de Moïse, Ivone Lolo Lay, estava presente junto com outros familiares e amigos do rapaz.
"Hoje é 30 de junho de 2022. Estamos também comemorando 62anos de Independência da República Democrática do Congo. Hoje faz exatamente cinco meses e seis dias que nossos corações sangraram após o assassinato selvagem do nosso filho e irmão Moïse Kabagambe, que reivindicara seu salário após trabalhar de forma honesta. Esse quiosque que estamos inaugurando hoje é um sinal de compaixão para prestar homenagem a esse ilustre imigrante, para que ninguém se esqueça de Moïse no Brasil e no Mundo", reproduziu Mondego.
"Tinha um monte de sujeito argumentando que o que aconteceu com o Moïse foi simplesmente um conflito, uma briga de rua. Não foi. Se ele fosse branco, carioca, não teria acontecido com ele o que aconteceu", disse o prefeito Eduardo Paes durante a inauguração do quiosque.
Além de ser responsável por todo o projeto, que fica fora da sua concessão, a Orla Rio também realizou a instalação de equipamentos e mobiliário, além de ter prestado todas as orientações e treinamentos à família para gerir a nova operação. O quiosque vai servir bebidas, sanduíches, petiscos, guarnições e refeições. Um retrato do rosto do congolês foi pintado no local.
Em fevereiro, três homens foram presos por agressões que levaram à morte do congolês. Eles respondem por homicídio duplamente qualificado(impossibilidade de defesa e meio cruel). No mesmo mês, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou denúncia do Ministério Público contra os três homens. Estão presos: Fábio Pirineus da Silva, o Belo, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove, e Brendon Alexander Luz da Silva, o Tota.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.