Câmeras já flagraram animais como onças pardas, jaguatiricas, cachorros do mato e tatusReprodução de vídeo
Juran Santos, idealizador do projeto, foi quem relatou o furto dos equipamentos. O especialista fazia uma ronda na região para retirar as imagens que estavam nas câmeras e identificou que três delas não estavam no local deixado. Os equipamentos ficavam presos ao tronco de árvores no interior da mata.
"Estou fazendo um apelo para que essa pessoa que furtou devolva as câmeras. Dá um trabalho louco para manter esse projeto, colocar câmera, coletar imagem, editar vídeo, selecionar animais. Você chega no local e ver essas câmeras roubadas? É muito triste isso", disse Santos, em vídeo compartilhado nas redes sociais.
Segundo o idealizador do projeto, não é possível precisar ao certo em que dia essas câmeras foram roubadas porque os equipamentos costumam ficar dentro da mata durante um período de 30 dias. "Não dá para saber se foi no começo ou depois. Só se a pessoa devolver e ainda estiver com os cartões", comentou.
Juran explica que os equipamentos, chamados de câmeras trap, têm por finalidade identificar a movimentação dos animais de dia e durante a noite nas áreas de mata. O sistema é automático e se ativa ao perceber a movimentação dos bichos.
"O projeto foi criado para a identificação de espécies , principalmente as espécies raras como a onça parda, a cuíca de três listras, que são espécies completamente ameaçadas. O sagui da serra escuro também tem registro deles em frente as câmeras e ele está entre os 20 primatas mais ameaçados", explicou Juran.
O Projeto Aventura Animal atualmente funciona com 70 câmeras na área do Pico da Caledônia, Parque Estadual dos Três picos, Bom Jardim, Cordeiro, Santa Maria Madalena e em Lumiar.
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