Programa foi criado para enfrentar um dos problemas de segurança pública que geram mais demandas para a Polícia Militar ARQUIVO O Dia

Rio - A Polícia Militar realizará, a partir das 10h desta quarta-feira (25), um evento voltado para as mulheres da comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Com a participação da Patrulha Maria da Penha, a ação promoverá um bate-papo sobre violência doméstica e familiar. A tenente-coronel Claudia Moraes, coordenadora do programa, participará da conversa na Biblioteca Parque da Rocinha.
Entre o fim de dezembro e início de janeiro, a comunidade sofreu com quatro casos de feminicídio em 12 dias. No último dia 29, as amigas Francisca Analice Mendes e Stephany Paiva, de 20 e 19 anos, foram encontradas mortas a facadas dentro de casa. Suspeito de ter cometido os crimes, Armando Mendes, marido de Francisca, foi preso no dia seguinte.
Já na madrugada de 8 de janeiro, a moradora Daniela Soares, de 29 anos, foi morta a tiros pelo ex-marido Rios Loureiro de Souza Sablich, conhecido como Kinho. No dia seguinte, Carmen Dias da Silva foi assassinada a golpes de faca pelo namorado Wendel Luka da Silva Virgílio. Tanto Kinho quanto Wendel foram presos.
Após a série de feminicídios, moradores da Rocinha promoveram um ato para pedir pelo fim da violência contra a mulher. O evento foi idealizado pela guia de turismo Merynha Sorriso em parceria com outras lideranças femininas da comunidade.
Criado em 2019, o programa Patrulha Maria da Penha tem o objetivo de prevenir os casos de feminicídios e a reincidência de agressões. Desde então, foram assistidas mais de 48.800 mulheres e realizados cerca de 153.300 atendimentos. O programa está estruturado em todos os 39 batalhões do Rio e atua com 180 policiais militares.