Chuva forte causou deslizamento em diversos bairros do município de São Gonçalo, na noite de segunda-feira (13)Arquivo/Reginaldo Pimenta/Agência O Dia

Rio - A Prefeitura de São Gonçalo anunciou, na noite desta terça-feira (14), que vai pagar um auxílio habitacional temporário para as famílias que ficaram desabrigadas em decorrência das fortes chuvas que castigaram a cidade da Região Metropolitana na última semana.
Para os moradores do município que perderam suas casas próprias nas tempestades, o Auxílio Habitacional Temporário vai conceder R$ 600 mensais por até 12 meses. Já no caso das pessoas que moram de aluguel, o benefício será concedido por três meses.
O anúncio do benefício foi feito pelo prefeito Capitão Nelson (PL) eplas redes sociais. O cadastramento está sendo realizado pela Secretaria de Assistência Social. A previsão é de que o auxílio comece a ser pago no prazo máximo de 60 dias.
Nesta quarta-feira (15), agentes da secretaria vão atender, das 13h às 17h, em seis locais:
- Escola Professora Luiza Honorio do Prado - Rua Mentor Couto, 925, Engenho Pequeno;
- PAB (Auxílio Brasil) - Rua Sá Carvalho, 1241, Brasilândia;
- Sede da Secretaria (Rua Dr. Porciúncula 395, Venda da Cruz, antigo 3º BI);
- Cras Alcântara - Rua Oscar Lourenço, 632- Jardim Alcântara;
- Cras Arsenal - Avenida Eugênio Borges s/n Arsenal;
- Cras Neves - Rua Lenor, 108 Porto velho.
A partir de quinta-feira (16), o cadastramento será realizado das 9h às 17h nos mesmos endereços.
Para se cadastrar, é necessário levar até os pontos de atendimento o laudo de interdição emitido pela Defesa Civil municipal; NIS – Número de Identificação Social; documento de propriedade ou posse do imóvel; documento de RG e CPF.
Os que não possuem o NIS ou estiver inscrito no CAD Único, mas possuem direito ao benefício, terão um prazo de 90 dias para providenciar os documentos.
Situação de emergência após temporais
Prefeitura de São Gonçalo decretou situação de emergência em decorrência das fortes chuvas que castigaram a cidade nos últimos dias. A medida tem duração inicial de 90 dias e pode ser prorrogada.
O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial desta terça, autorizando a mobilização dos órgãos municipais sob a organização da Defesa Civil. O objetivo é "garantir rapidez nas ações de respostas necessárias para minimizar os efeitos causados pelas chuvas".
O temporal de segunda-feira (13) deixou uma mulher, identificada como Roseli de Castro, de 52 anos, morta após o desabamento de uma casa na Rua Antônio Félix, em Engenho Pequeno. Já na Rua Aidea Barreto Couto, bombeiros conseguiram resgatar Raíza Dias, 29. A mulher foi encaminhada para o Hospital Estadual Alberto Torres e, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o quadro dela é estável. Taís Tavares Rodrigues e a filha de 13 anos também estavam no local e foram resgatadas por vizinhos.
Além disso, o Corpo de Bombeiros atua para localizar um casal e uma menina de 4 anos que teriam sido soterrados após um deslizamento seguido de desabamento no mesmo bairro. Sete quarteis trabalham para encontrar as vítimas.
Segundo a corporação, mais de 50 bombeiros realizam buscas na Rua Adelino Ferreira Brasil, no bairro Engenho Pequeno, em busca do paradeiro das vítimas, que são da mesma família. A operação conta com o Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), quarteis de São Gonçalo, Itaboraí, Niterói, Benfica e São Cristóvão, além de cães farejadores do 2º Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente (2º GSFMA). Drones também foram acionados para apoiar os trabalhos.
A prefeitura ainda determinou a retirada provisória de 43 famílias que moram no bairro do Engenho Pequeno, na área próxima ao local onde houve o deslizamento de encosta. Segundo o órgão, a Secretaria Municipal de Assistência Social também atua no local, orientando as famílias que estão deixando suas casas e sendo levadas para pontos de apoio pelo período necessário.