Equipes das secretarias de Conservação e de Desenvolvimento Urbano fazem força-tarefa em São GonçaloDivulgação

Rio - As fortes chuvas que castigaram o município de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, deixaram rastros de lixo e muita lama durante toda a semana. Neste sábado (18), equipes das secretarias de Conservação e de Desenvolvimento Urbano da cidade colocam em ação uma força-tarefa em vários bairros, com caminhões e retroescavadeiras, para a retirada de lama, entulho, galhos de árvores e lixo das ruas. A ação foi necessária se feita principalmente por conta da chuva que atingiu a cidade na noite de sexta-feira (17).
Além disso, a gestão municipal fez um mapeamento das regiões mais atingidas, a partir das demandas enviadas e áreas vistoriadas pelas equipes, para definir o roteiro de ação. As equipes da Defesa Civil também seguirão realizando as vistorias e a Assistência Social manterá os atendimentos nos pontos de apoio.
Tragédia em São Gonçalo
Na última segunda-feira (13), um deslizamento de terra por conta da chuva forte matou uma família na Rua Adelino Ferreira Brasil, em São Gonçalo. De acordo com relatos, mãe, pai e filha teriam sido surpreendidos pela lama e não conseguiram deixar o imóvel. Cerca de 60 militares, incluindo especialistas em salvamento em desastres envolvendo estruturas colapsadas, atuaram nas buscas pelos desaparecidos, com apoio de cães farejadores e drones.
Depois de 53 horas de trabalhos ininterruptos, os bombeiros localizaram, por volta das 2h50 desta quinta-feira (16), os corpos das duas últimas vítimas do desabamento. Na tarde de quarta-feira (15), as equipes já haviam encontrado uma mulher sem vida sob os escombros e, na madrugada, foram resgatados um homem e uma criança de 4 anos. Os três são mãe, pai e filha.
Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó. As vítimas foram identificadas como Josilene Pereira Gomes Santiago, Allan Santiago Cabral e Maite Pereira Santiago Cabral. Os dois primeiros eram casados e pais da menina. O sepultamento da família aconteceu na quinta-feira (16), às 16h30, no Cemitério Municipal de São Gonçalo.
Na última terça-feira (14), a Prefeitura de São Gonçalo decretou situação de emergência, com duração inicial de 90 dias, que pode ser prorrogada. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial, autorizando a mobilização dos órgãos municipais sob a organização da Defesa Civil, para garantir rapidez nas ações de respostas necessárias para minimizar os efeitos causados pelas chuvas. Na segunda-feira (13), o índice pluviométrico chegou a 200 mm, causando diversos deslizamentos de encostas, alagamentos e deixando dezenas de desabrigados.