Dona do estabelecimento foi encaminhada por policiais militares para a 12ª DP (Copacabana) Reprodução
Justiça nega pedido de arquivamento de ação penal contra chinesa acusada de injúra racial
Li Chen foi denunciada depois que expulsou Laura Brito Viana de sua loja com ofensas racistas, por acreditar que a vítima roubaria algo
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) decidiu não arquivar a ação penal por injúria racial movida por Laura Brito Viana contra Li Chen. O crime aconteceu em setembro do ano passado, quando a vítima, que é negra, foi expulsa de uma loja de bijuterias em Copacabana, na Zona Sul do Rio, pela chinesa com gritos e ofensas racistas. Por unanimidade, os desembargadores da 8ª Câmara Criminal rejeitaram o pedido de habeas corpus da defesa da acusada.
No pedido de arquivamento, os advogados da chinesa alegam que ela não teria cometido a injúria racial porque não fala português. O caso aconteceu em 21 de setembro e Li Chen chegou a ser presa em flagrante pela Polícia Militar, mas foi solta após pagar fiança na 12ª DP (Copacabana). Desde então, a mulher vem respondendo ao processo em liberdade.
Na ocasião, Laura foi expulsa da loja pela dona do estabelecimento, que acreditou que ela fosse roubar algo. Li Chen jogou o celular da vítima no chão e a teria chamado de "preta safada", "neguinha" e "macaca". À época, a mulher chegou a contar que outras pessoas relataram que a acusada já havia sido preconceituosa antes. "O que eu passei foi humilhante. Coisas que nenhum ser humano deveria sentir, eu senti", disse ela após o episódio.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.