Raphael foi atingido enquanto voltava com seus amigos de uma festa após ver o clássico Fla X FluReprodução/redes sociais

Rio - A Justiça do Rio negou o pedido de revogação da prisão preventiva do policial militar Márcio Felipe dos Santos Ribeiro. O requerimento foi feito pela defesa do réu. O homem foi preso em flagrante em setembro do ano passado, após atirar na cabeça e matar o técnico de radiologia Raphael Montovaneli, de 40 anos.
Na decisão, a juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal do Rio, alegou que há provas do crime o suficiente para manter a prisão.

"No caso concreto, verificam-se das provas acostadas aos autos elementos que comprovam a existência material do crime e indícios de sua autoria, conforme as investigações e a denúncia, onde é narrado que o acusado, de forma livre e consciente, assumindo o risco de produzir o resultado morte, efetuou disparo de arma de fogo contra o carro em que estava Raphael Montovaneli, causando-lhe lesões corporais que foram a causa eficiente de sua morte".

O crime ocorreu durante uma blitz na Avenida Marechal Rondon, altura do bairro São Francisco Xavier, na Zona Norte. Segundo testemunhas, Raphael estava voltando para casa com mais três amigos, torcedores do Flamengo, depois de uma festa após o jogo no Maracanã.

De acordo com a Polícia Militar, o disparo ocorreu quando o motorista do automóvel teria fugido da blitz em alta velocidade na direção dos agentes.

O condutor teria então seguido para o Hospital do Andaraí, de onde ele e outros dois ocupantes foram para a 25ª DP (Engenho Novo) para prestar esclarecimentos. Nenhum material ilícito foi encontrado no automóvel em que a vítima estava.

A audiência para ouvir as testemunhas de acusação está marcada no Tribunal de Justiça para o dia 22 de maio.