Caroline Kethlin tinha 22 anosReprodução/Redes sociais

Rio - A Polícia Civil concluiu, nesta sexta-feira (20), o inquérito sobre a morte de Caroline Kethlin de Almeida Ribeiro, de 22 anos, que foi atingida por um ultraleve, no aeroclube de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O caso aconteceu em 9 de setembro e foi investigado pela 58ª DP (Posse), que indiciou o piloto da aeronave, Nathan Marchon, de 29 anos, por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. 
Segundo a Polícia Civil, não houve pedido prisão para o piloto e o inquérito já foi encaminhado para o Ministério Público (MPRJ). Caroline era aluna da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas, São Paulo, e estava passando o feriado da Independência com a família no Rio. No dia do acidente, ela andava pela pista do aeroclube quando foi atingida pelo ultraleve. A vítima chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Posse, mas teve morte cerebral constatada no dia seguinte.
Os dois rins e o fígado da jovem foram doados para pacientes do Rio de Janeiro. Durante a retirada, médicos e enfermeiros homenageraram Caroline com uma salva de palmas. No sepultamento, em 12 de setembro, o pai da vítima, Abner Rangel Ribeiro, disse que estava no momento da colisão e viu a aeronave em alta velocidade. As investigações apontaram que o ultraleve não faria decolagem mas, ao realizar o teste de rolagem, perdeu o eixo da pista por mais de 10 metros, até atingir a estudante.
Para o delegado José Mário Salomão de Omena, houve imprudência do piloto ao conduzir o veículo onde tinham pessoas andando. Ainda de acordo com a Polícia Civil, a pista do local tem largura de 30 metros e não possui faixa de segurança para a prática de voos. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o aeroclube não tinha autorização para funcionar e também não é certificado para oferta de cursos de formação de pilotos. O espaço não consta no cadastro de aeródromos privados e, portanto, não pode operar.