Francisco Oliveira, de 38 anos, estava há 10 anos na Polícia FederalReprodução

Rio - O corpo do policial federal Francisco Elionezio Braga Oliveira, de 38 anos, será sepultado nesta terça-feira (19), às 16h, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio. O velório será realizado a partir das 11h, na Capela B. O agente federal morreu ao ser baleado por um policial militar após uma discussão na Barra da Tijuca, Zona Oeste, na noite do último domingo (17). O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Segundo a Polícia Militar, Francisco estaria ameaçando pessoas com uma arma no local. Ao ser abordado por uma equipe da PM, ele também teria ameaçado um dos agentes com o armamento, o que gerou um revide por parte do PM. Câmeras corporais dos policiais envolvidos estão sendo analisadas para confirmar a versão apresentada pela corporação.
O agente estava na corporação há 10 anos e fazia parte, desde o final do ano passado, do Grupo de Pronta Intervenção da PF, unidade especializada em ações emergenciais como operações em comunidades, prisões de indivíduos considerados perigosos e ocupação de edificações. Ele começou na Superintendência da PF em Roraima, em 2013, e já trabalhou na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da corporação no Rio, onde ingressou em 2015 e ficou até dezembro de 2022.
Chiquinho, como era conhecido na corporação, deixa três filhos, sendo um de 6 anos, um de 5, e um recém-nascido de um mês. Ele era casado com a agente Maria Fernanda de Oliveira Fonseca, lotada na Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor) da Polícia Federal. Por meio de nota, o Sindicato da Polícia Federal no estado do Rio de Janeiro lamentou o ocorrido e se solidarizou com familiares e amigos do agente.
Condecorado por salvar criança
Francisco foi condecorado por salvar uma menina, de 7 anos, que havia se engasgado em um restaurante em Brasília, em outubro deste ano. Na época do salvamento, o policial estava na capital do país para participar de um curso para formação de socorristas da corporação.
Câmeras de segurança do estabelecimento gravaram a criança em uma mesa ao lado dos pais quando ela começa a apresentar sinais de falta de ar. O casal tentou auxiliar a menina após perceberem que ela estava engasgada. A criança chegou a ficar desacordada. Próximo da mesa, Oliveira percebeu o que acontecia, se aproximou da mesa onde a família estava e realizou uma manobra para desobstruir as vias respiratórias da menina.
No começo de dezembro, Francisco foi condecorado com a Medalha da Defesa Civil, entregue pelo Governo do Distrito Federal. A homenagem corresponde ao salvamento da criança.