Apontado como chefe de milícia em Curicica, 'Cara de Ferro' foi preso na saída de uma boate Divulgação / Polícia Civil
Líder da milícia de Curicica, preso após tiroteio, é suspeito de participar de mortes no Terreirão
Cara de Ferro foi preso na saída de uma boate junto com seu comparsa, Anderson Ferreira de Oliveira, conhecido como Andinho
Rio - Um dos líderes da milícia de Curicica, Zona Oeste, Cláudio César Rocha, conhecido como Cara de Ferro, preso nesta quarta-feira (24), é suspeito de participar da morte de dois homens na comunidade do Terreirão, na mesma região, que aconteceu em dezembro do ano passado.
Ele foi preso na saída de uma boate junto com seu comparsa, Anderson Ferreira de Oliveira, conhecido como Andinho. Na ação, dois seguranças dos milicianos morreram durante troca de tiros com os policiais. Eles foram identificados como Tarik Luigi Fernandes e Kendel Kelvin Nascimento. De acordo com as investigações, Cara de Ferro é apontado como o chefe do grupo e Andinho é o segundo homem na hierarquia.
Em dezembro, Lucas de Oliveira Silva, de 25 anos, e Caio Henrique da Silva Souza, de 30, foram mortos em um ataque a tiros na comunidade do Terreirão. Na ocasião, uma pistola foi encontrada na cena do crime. De acordo com um das linhas de investigação da Polícia Civil, a execução estaria ligada a alguma cobrança de taxa de segurança no local.
Essa não foi a primeira vez em que Cara de Ferro foi preso. Em fevereiro de 2022, ele foi rendido por agentes da 28ª DP (Campinho) quando cortava o cabelo em uma barbearia em uma localidade conhecida como Quinze, em Jacarepaguá, na Zona Oeste. Na ocasião, foram apreendidos uma pistola e R$ 3,6 mil em espécie.
De acordo com o delegado responsável pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), João Valentim, Cara de Ferro e Andinho tinham o projeto de invadir outros territórios. Por isso, segundo o delegado, a prisão esfria o clima de guerra entre facções.
O Cara de Ferro substituiu o Playboy da Curicica, morto em confronto com policiais civis na Maré. Andinho era o braço operacional da milícia da Curicica e respondia somente ao chefe, com quem foi preso.
"É uma prisão importante pra Polícia Civil e para a sociedade, que desarticula aquela milícia da região. Eles constituem um núcleo dessa organização criminosa, são narcomilicianos que fecham com o trafico de drogas e dominam a região da Curicica e adjacências. Eles tinham um projeto de invadir outros territórios, então a prisão deles arrefece o clima de guerra entre facções", contou o delegado João Valentim.
Com eles foram apreendidos dois fuzis, duas pistolas, centenas de munições de fuzil e de pistolas, dezenas de carregadores, duas granadas, entre outros materiais.
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