Buscas pelo menino Edson Davi, de 6 anos, continuam nas praias do Rio de JaneiroArmando Paiva / Agência O Dia

Rio – As buscas pelo menino Edson Davi Silva Almeida, de 6 anos, chegaram ao 21º dia consecutivo nesta quinta-feira (25). Ele desapareceu no posto 4 da Praia da Barra, na Zona Oeste do Rio. A operação do Corpo de Bombeiros conta com mergulhadores, motos-aquáticas, drones, helicópteros, quadriciclos e salva-vidas.
As buscas são feitas em toda a orla das praias da Barra, Recreio, Guaratiba e Sepetiba, além de esforços nas praias da capital e Niterói, onde os militares fazem sobrevoos diários. A área de atuação foi ampliada por causa das correntes marítimas e possibilidade de deslocamento da vítima para pontos mais distantes da costa. Mergulhadores permanecem monitorando as praias e a operação não tem data de término. 
As investigações do caso Edson Davi estão na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). A principal hipótese é de afogamento. Familiares da criança e outras testemunhas, como a família de turistas argentinos flagrada brincando com o menino, já foram ouvidos.
O advogado da família de Edson, Marcelo Shad, afirmou, nesta terça-feira (23), que os bombeiros que estavam de plantão no dia do desaparecimento ainda não foram ouvidos pela Polícia Civil. Segundo ele, os militares apresentaram um afastamento por problemas psiquiátricos.
"Eles precisam ser ouvidos, precisam trazer a versão deles dos fatos. Até porque, eles vão conseguir aclarar essa situação para que possamos entender como estava o mar naquele dia. Quais eram as condições e algumas dúvidas que existem sobre a possibilidade, em caso de afogamento, desse corpo ser levado da área de arrebentação para o mar aberto", afirmou o advogado.
O caso
Edson Davi desapareceu em 4 de janeiro, quando brincava próximo à barraca dos pais por volta das 16h30, no posto 4, na Praia da Barra. Investigações indicam que o menino entrou no mar ao menos três vezes, tendo sido repreendido pelo pai em uma delas. Nos últimos dias 10 e 13, familiares fizeram manifestações pedindo por mais informações. Eles contestavam a hipótese de afogamento e defendiam que ele estava vivo.
O menino usava uma camisa de manga térmica preta, vestia uma bermuda da mesma cor e estava descalço quando desapareceu. O Disque Denúncia pede ajuda para localizar a criança e recebe informações pela Central de Atendimento, nos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; pelo WhatsApp Anônimo, no (21) 2253-1177; pelo WhatsApp dos Desaparecidos, no (21) 98849-6254; e por meio do aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.