Sebastião foi sepultado no Cemitério do Maruí, em Barreto, NiteróiGabriel Salotti / Agência O Dia

Rio – O corpo de Sebastião Lair Hipólito, 65 anos, foi sepultado com a presença de amigos e familiares no início da tarde deste sábado (24), no Cemitério do Maruí, em Barreto. Nesta sexta-feira, o porteiro foi morto a facadas na porta de uma unidade do colégio MV1 em Icaraí, Zona Sul de Niterói.
Parentes e conhecidos que estavam na manifestação em frente à instituição de ensino em que Sebastião trabalhava chegaram no início do velório. Sob muita comoção, o ato, que contou com a presença de estudantes e pais dos alunos, cobrou justiça e segurança das autoridades. Uma caminhada foi feita do colégio até a Praia de Icaraí.
"Ele era uma pessoa que conquistava todo mundo, até quem ele não conhecia. O coração dele era muito grande. Só quem o conhecia poderia dizer", lamentou Thiago Correia, primo de Sebastião. Ele também opinou sobre o problema na segurança pública em Niterói: "A polícia faz o trabalho dela. Ela prende, mas a lei não é a favor da sociedade, do trabalhador, do pai de família, da pessoa que sempre lutou para conquistar as coisas".
Ana Lúcia de Souza Oliveira, 62, é amiga da família há anos e protestou. "Niterói está largada. Uma vergonha. O bandido fica solto e nós, que temos que trabalhar para sobreviver, precisamos ficar dentro de casa", afirmou.
A morte aconteceu na tarde desta sexta-feira (23). Renan de Oliveira da Silva Santos, 21, tentou invadir a instituição de ensino para roubar objetos. O porteiro tentou impedi-lo e foi esfaqueado. O criminoso fugiu e roubou o celular e a bicicleta de uma pessoa, antes de ser detido por agentes do Segurança Presente. Renan foi levado para a 77ª DP (Icaraí). A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) investiga o caso.
Sebastião, conhecido carinhosamente como "Tião", deixa uma esposa, uma filha e uma neta. Ele era morador do Sítio de Ferro, em Badu, Niterói. Embora estivesse aposentado, ele trabalhava como porteiro para complementar a renda.