Apesar da mudança na capital, Estado do Rio continua em epidemia de dengue
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o número de casos prováveis da doença ainda é considerado alto por técnicos e especialistas em todo o território fluminense
Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya
- Divulgação / Agência Brasil
Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya
Divulgação / Agência Brasil
Rio - A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, nesta sexta-feira (29), que o decreto de epidemia de dengue se mantém no Estado do Rio. De acordo com o órgão, o número de casos prováveis da doença ainda é considerado alto por técnicos e especialistas. Mais cedo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade do Rio determinou o fim do estado de epidemia devido a melhora da situação no município.
A SES destacou que continua monitorando o índice de casos de dengue nas 92 cidades do estado e, apesar das projeções apresentaram tendência de queda, os parâmetros epidemiológicos avaliados diariamente por técnicos do Centro de Inteligência em Saúde do órgão ainda indicam uma grande quantidade de casos e taxa de incidência acima de mil casos por 100 mil habitantes na maioria dos municípios.
A secretaria entende que os municípios possuem autonomia para declarar e revogar seus próprios decretos, mas técnicos apontam que o Estado do Rio se mantém no nível 3, que é o mais alto na escala que configura o estado de Emergência em Saúde Pública. Até o último levantamento, atualizado nesta quinta-feira (28), foram confirmados 171 mil casos e 71 mortes. Outros óbitos ainda estão em investigação.
"Nosso plano estadual de contingência da dengue e os parâmetros que utilizamos para avaliação da epidemia ainda não apontam para um resultado que nos permita dizer que estamos livres da epidemia. É fundamental que a população siga atenta aos cuidados para eliminação de focos do mosquito e também aos sinais e sintomas que possam surgir. A dengue é uma doença febril, aguda e muito dinâmica. Por isso, a necessidade de acompanhamento médico para evitar agravamento dos quadros e, principalmente, óbitos", explicou Claudia Mello, secretária de Estado de Saúde.
O Governo do Rio decretou epidemia de dengue no dia 21 de fevereiro. Como parte do Plano Estadual de Combate à Dengue, a SES destacou que 2 mil profissionais foram treinados para acelerar o diagnóstico e o tratamento. Além disso, 11 centros de hidratação foram abertos em parceria com os municípios e houve a ampliação de salas de hidratação de 11 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estaduais. Também foram adquiridos equipamentos e insumos para envio aos municípios com maior incidência da doença. As nove unidades da rede estadual possuem ao todo 160 leitos para tratamento da doença.
Fim da epidemia na capital
A SMS do Rio anunciou, na manhã desta sexta-feira (29), o fim da epidemia de dengue na cidade. Segundo a pasta, houve queda no número de casos e melhora na situação da doença no município. Até o momento, o Rio registrou sete óbitos e quase 100 mil casos da doença.
O fim da epidemia significa que os casos diminuíram na cidade e que não há um colapso pelo excesso de atendimentos nos postos de saúde. No entanto, a prefeitura recomenda que os cuidados com a prevenção dos focos devem ser mantidos para que o quadro epidemiológico não piore.
"Com a redução do número de casos de dengue, a gente já pode ir desmobilizando os polos de atendimento e levando toda essa força de trabalho para o cuidado e vacinação contra influenza. Hoje, temos menos de 500 casos de dengue por dia na cidade do Rio, o que coloca q gente em um cenário epidemiológico muito mais favorável, podendo considerar o fim do estado de emergência e o fim do período epidêmico de dengue na cidade. Foi uma epidemia com 82 mil casos de dengue e sete óbitos, foi uma epidemia que, de fato, a atuação dos profissionais de saúde reduziu a taxa de letalidade da doença e a taxa de internação", disse o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, ao DIA.
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