Thauan não aceitava o fim do relacionamento Maria Eduarda e a atacou com um cabo de vassourafotos: Rede Social

Rio – Thauan Lima Gomes, acusado de matar a ex-companheira Maria Eduarda Carvalho dos Santos, de 19 anos, em Santo Cristo, na Região Central do Rio, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia realizada na tarde deste domingo (26). De acordo com familiares e amigos da vítima, ele não aceitava o fim do relacionamento. O sepultamento da jovem ocorreu na tarde deste domingo (26) no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.
Na decisão, o juiz Pedro Ivo Martins Caruso D’Ippolito justificou que "há prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria, materializados nos depoimentos das testemunhas em sede policial". Isso porque aos próprios policiais militares que atenderam a ocorrência, Thauan informou que agrediu a vítima após um desentendimento. Apesar disso, ele não relatou como executou a morte.
Ainda segundo os agentes, ao chegar na residência, o Corpo de Bombeiros já estava no local e havia constatado o óbito. O socorro foi acionado pelo pai do autor, assim com a PM, através do 190.
Na ocasião, Thauan esperava sentado em uma cadeira ao lado dos pais, que disseram não estar presente durante o feminicídio, embora morem perto, no mesmo quintal. Após a morte da jovem, os pais teriam ainda pedido para que o filho aguardasse enquanto eles fariam a comunicação com a polícia.
No quintal não havia câmeras e não foram encontradas testemunhas, estando apenas os pais e a irmã do autor, os quais relataram não ter testemunhado o fato. Ainda na decisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), o magistrado esclarece que o segundo relato no caderno policial, o custodiado teria matado a ex-companheira mediante agressões físicas.
"A vítima veio a óbito diante do espancamento perpetrado pelo custodiado. Há indícios de que o delito foi cometido por ciúme. Tal "modus operandi" revela, demasiadamente, a audácia e o destemor do custodiado", diz um trecho do documento.
O juiz reforçou também a gravidade do crime, por se tratar de um feminicídio ocorrido mediante a espancamento da vítima. "Portanto, inegável a necessidade da prisão preventiva como garantia da ordem pública. Ademais, verifica-se que não veio aos autos, até o presente momento, qualquer comprovação de vínculo do preso com o distrito da culpa, tornando a prisão necessária para assegurar a aplicação da lei penal", finalizou.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Thauan Lima. O espaço está aberto para manifestações.
Entenda o caso
Ainda de acordo com familiares e amigos de Maria Eduarda, eles tiveram um relacionamento por cerca de cinco anos. No dia do crime, a vítima e o ex-namorado já estavam separados e ela havia levado a menina para ficar com o pai. A filha do casal, de 3 anos, presenciou toda a briga entre os pais e, inclusive, a morte da mãe. 
A melhor amiga de Maria Eduarda relatou que ela já havia sofrido outras agressões, tanto físicas quanto verbais e foi ameaçada dias antes do crime, mas nunca teve coragem de denunciar Thauan. Outro motivo que levou ao término foi o acusado ter pedido demissão do trabalho quando a vítima conseguiu um emprego. "Ele se achou no direito de ficar em casa e ela bancar as coisas", contou.
A jovem tentava recomeçar em um novo relacionamento e planejava uma festa de aniversário para a filha, que completa 4 anos em agosto e está aos cuidados da tia.