A cigana Suyany Breschak nas redes sociais Reprodução/Instagram
A Civil de Minas informou que o inquérito é investigado pela 2ª DP de Uberlândia. Segundo a corporação, as apurações não foram concluídas porque Suyany não foi encontrada. A partir de agora, com a prisão, uma carta precatória será enviada para que ela seja ouvida.
A denúncia foi feita pelo ex-marido da cigana Orlando Ianoviche Neto em agosto de 2022. Na ocasião, ele relatou que foi abordado com a esposa na BR-050 por um grupo que os obrigou a entrar em um carro. Eles foram levados para uma casa e lá descobriram que seriam encaminhados para uma clínica de reabilitação a pedido da mãe dele.
No entanto, ao saber que sua mãe não tinha relação com o caso, os homens mostraram o número de Suyany. A cigana havia entrado em contato com os criminosos se passando pela mãe do rapaz. Após a situação ser esclarecida, os funcionários da clínica liberaram o casal. Segundo a polícia, a Suyany pode responder pelo crime de sequestro.
Brigadeirão
Presa desde o último dia 28, Suyany é apontada como mandante na morte do empresário Luiz Ormond, que foi envenenado pela namorada. Segundo o delegado Marcos André Buss, da 25ªDP (Engenho Novo), a mulher, que se identifica como cigana, tinha grande influência sobre a vida de Júlia Cathermal.
"A Júlia tinha por Suyany uma grande admiração, uma verdadeira veneração. O que nós sabemos e está sendo confirmado é que ela fazia pagamentos mensais para Suyany, não sabemos exatamente o porquê, mas ocorriam com frequência. No entanto, podemos afirmar com certeza que Suyany tinha uma influência muito grande sobre Júlia", explicou Buss.
Ainda segundo o delegado, dentro do cenário de grande influência, Suyany teria instruído Júlia a ministrar o medicamento, além de ter descoberto como adquirir os remédios que foram inseridos no brigadeirão. As investigações apontam ainda que o crime já vinha sendo planejado e que Júlia estaria dopando a vítima ao longo do tempo.
O corpo do empresário foi encontrado no dia 20 de maio em estado avançado de decomposição. De acordo com o laudo cadavérico, o empresário foi morto três ou seis dias antes do corpo ser localizado. A família da vítima contou ao DIA que a última fez que ele foi visto foi no dia 17 deste mês, justamente na companhia de Júlia. Segundo as investigações, a suspeita dormiu ao lado do cadáver do namorado durante o fim de semana.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) identificou a presença de morfina no corpo do empresário. Segundo as investigações, Júlia teria colocado no doce 50 comprimidos de moídos dimorf de 30mg, um remédio controlado que alivia dores intensas.
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