Ônibus foi sequestrado por criminosos na Avenida Antares, em Santa CruzReprodução / Redes sociais

Rio - Três ônibus foram sequestrados e utilizados como barricadas na Avenida Antares, em Santa Cruz, após a morte do miliciano Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, na tarde desta sexta-feira (7). Um deles foi incendiado na altura do Caminho do Congo. De acordo com a Rio Ônibus, os coletivos operavam nas linhas 756 e LECD86.
Apontado como sucessor de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, Pipito morreu após ter sido baleado durante um confronto com policiais civis Favela do Rodo, em Santa Cruz, na Zona Oeste. De acordo com a Polícia Civil, equipes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizada e Inquéritos Especiais (Draco) abordaram o foragido durante uma ação na comunidade.
O miliciano teria reagido, dando início a um confronto com os policiais. Além dele, dois suspeitos de atuar como "seguranças" da milícia ficaram feridos. Os três foram encaminhados ao Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, mas Pipito não resistiu aos ferimentos.
Considerado homem de confiança de Zinho, o miliciano foi o responsável por coordenar o ataque a 35 ônibus na Zona Oeste, em outubro de 2023. O incêndio dos coletivos aconteceu em represália à morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, sobrinho de Zinho.
Tido como "zero 2" na hierarquia da milícia, Pipito passou a chefiar a organização criminosa depois que a principal liderança se entregou na Superintendência da Polícia Federal, em dezembro do ano passado.
O criminoso ingressou no grupo paramilitar em 2017, quando Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, liderava a antiga Liga da Justiça. Wellington da Silva Braga, o Ecko, seu irmão, foi um dos responsáveis por expandir os domínios da organização fundada por Carlinhos, que morreu em 2017. Quatro anos depois, Ecko foi morto em uma operação policial e Zinho assumiu o posto de líder.