Deputada estadual Lucinha (PSD) é investigada por suspeita de ligação com milicianos da Zona Oeste Arquivo / Agência O Dia

Rio - O processo disciplinar enfrentado pela deputada Lucinha (PSD) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) já tem data para ser apreciado pelo Conselho de Ética da Casa. A sessão de votação do parecer do relator está marcada para quinta-feira (20), às 14h. O parecer do relator Vinicius Cozzolino (União Brasil) já foi distribuído aos membros do colegiado. Se a Comissão de Ética da Alerj decidir pela cassação, o texto vai para a análise do plenário da Casa.
Na segunda-feira (17), o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou a deputada e sua ex-assessora parlamentar, Ariane Afonso Lima, sob a acusação de integrarem a milícia chefiada por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho. De acordo com as investigações, Lucinha e a assessora faziam parte do núcleo político da organização criminosa.
A deputada estadual Lucinha (PSD) entregou na última sexta-feira (7) as alegações finais no processo parlamentar. No dia 4 de junho, a parlamentar já havia prestado depoimento por 1h40 para se defender na Alerj. O colegiado ouviu a versão da deputada em sessão fechada à imprensa por correr em sigilo de justiça. O presidente da comissão, deputado Julio Rocha, relatou que a parlamentar respondeu a todas as perguntas formuladas pelos membros do conselho sobre o seu suposto envolvimento com a milícia da Zona Oeste.
A parlamentar, de 63 anos, seria, segundo a PF, o braço político da milícia de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, sendo chamada de "madrinha" pelos criminosos. Zinho foi preso no dia 24 de dezembro de 2023. O grupo paramilitar atua em pelo menos 13 bairros do Rio, a maioria na Zona Oeste. Após a operação, a parlamentar chegou a ser afastada do seu mandato na Alerj por determinação da Justiça. Mas os colegas deputados derrubaram a decisão.