Letícia Sampaio, de 26 anosReprodução / Redes sociais
Grávida ferida após explosão de lancha em Cabo Frio recebe alta
Filho mais velho de Letícia Sampaio não resistiu aos ferimentos
Cabo Frio - A grávida Letícia Sampaio, de 26 anos, recebeu alta do Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Grande Vitória, nesta sexta-feira (5). Ela estava a passeio em uma lancha que explodiu em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, no dia 17 de julho. O filho da vítima, de 4 anos, não sobreviveu.
Letícia é natural do Espírito Santo e está grávida de três meses. Ela estava com o marido e a criança na embarcação. Além deles, estavam na lancha dois casais, outras duas crianças, uma de 1 ano e outra de 5, e um amigo do grupo. O filho de Letícia teve 100% do rosto queimado e morreu após ficar quatro dias internado no Hospital Estadual Roberto Chabo (Herc), em Araruama.
Além dele, Aleksandro Leão Vieira, de 36 anos, também não resistiu aos ferimentos. Ele era casado com Caroline Pimentel, de 28 anos, que estava internada na mesma unidade que Letícia e recebeu alta no dia 3 de junho. A filha do casal, de 5 anos, continua internada.
Nayara Taislane Andrade Gomes, de 22 anos, e o filho de 1 ano e 5 meses também seguem hospitalizados no Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, em São Gonçalo. No dia 24 do mês passado, mãe e filho se reencontraram dentro da unidade. O momento emocionante foi registrado por uma funcionária da unidade.
De acordo com a direção do Heat, os dois estão estáveis, recebendo o cuidado e tratamento necessários para sua recuperação.
Marinha investiga o caso
A Marinha instaurou um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades sobre o incidente. Segundo a corporação, militares da Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio (DelCFrio) enviaram uma lancha e uma moto aquática ao local para auxiliar as vítimas no dia da explosão. A Marinha ainda destacou que não foi constatada poluição hídrica ocasionada pela embarcação acidentada, identificada como "Eye Sea".
Quando o inquérito for finalizado, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha, para que adote as medidas previstas.
A explosão aconteceu próximo à Ilha do Japonês e deixou oito pessoas feridas. De acordo com Leandro Zerbone, de 26 anos, pai do menino que morreu, o caso aconteceu logo após o abastecimento do barco.
"O rapaz parou para abastecer a lancha. Nós íamos dar um passeio em Arraial do Cabo e no momento nós estávamos em Cabo Frio. Na hora que foi dar a partida, explodiu no momento. Eu e mais dois colegas caímos na água porque estávamos muito perto do fundo da lancha. O restante do pessoal ficou dentro porque não tinha para onde correr. O pessoal que estava no local para abastecer ajudou a gente. Foi um desespero total", contou.
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