D'wayne Antonio Morris era um turista jamaicano naturalizado norte-americanoDivulgação
Polícia investiga se estrangeiro foi alvo de quadrilha especializada no golpe do 'Boa noite, Cinderela'
Investigadores tentam descobrir quem eram as duas garotas de programa que saíram com o jamaicano D'Wayne Antônio Morris
Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga se o jamaicano naturalizado americano, D'Wayne Antônio Morris, de 43 anos, foi vítima do golpe conhecido como 'Boa noite, Cinderela'. O corpo está no Instituto Médico Legal (IML) do Centro.
O turista foi encontrado morto dentro de um apartamento na Rua Bulhões de Carvalho, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, na noite desta quinta-feira (8). Segundo as investigações, D'Wayne teria levado duas garotas de programa que conheceu na Lapa, Região Central, até o quarto onde estava hospedado. Na manhã seguinte, o amigo do estrangeiro, que dividia o apartamento com ele, se deparou com o jamaicano morto em cima da cama, enquanto as suspeitas teriam fugido do local com pertences do mesmo
As imagens do circuito interno do prédio onde a dupla estava hospedada pode ajudar a polícia a identificar as mulheres e descobrir se elas integram uma quadrilha especializada no crime.
O crime do 'Boa noite, Cinderela' é uma prática já conhecida e monitorada pela Polícia Civil do Rio. Em julho deste ano, a polícia prendeu duas mulheres em flagrante no momento em que tentavam praticar o crime contra um turista alemão. A dupla foi localizada nas proximidades dos Arcos da Lapa. O objetivo delas era levar a vítima até um hotel e dopá-la para roubar seus pertences.
O crime conhecido como "boa noite cinderela" consiste em aplicar uma alta concentração de drogas na bebida da vítima, responsáveis por suprimir o sistema nervoso central, fazendo com que ela perca os sentidos e instaure um profundo quadro de sono e amnésia. Após a vítima ficar totalmente inconsciente, as criminosas roubam todos os seus pertences e fogem do quarto de hotel, deixando a pessoa desacordada.
Consulado americano se pronuncia sobre morte
O Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro ofereceu assistência consular aos familiares de Morris. O órgão também afirmou que está acompanhando de perto as investigações. "Por respeito à família durante este momento difícil, não temos comentários adicionais", informou por meio de nota.
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