Delegado Rivaldo Barbosa foi preso no dia 24 de março Fernando Frazão / Agência Brasil
Os novos elementos levaram à PF a ratificar o indiciamento dos delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lages e do comissário Marco Antonio de Barros Pinto, o Marquinhos. O relatório complementar foi elaborado após análise de documentos e celulares apreendidos em março deste ano na operação que prendeu os irmãos Brazão.
Na nova investigação, a PF colheu novos depoimentos, entre eles, o do atual secretário de Polícia Civil, Marcus Amim. Na época do crime, Amim estava lotado na delegacia de Vicente de Carvalho. Amim revelou que procurou Rivaldo Barbosa e Giniton Lages uma semana após o crime para colaborar com as investigações. Segundo Amim, Rivaldo teria se negado a ouvi-lo e orientado que procurasse Giniton Lages, então titular da Delegacia de Homicídios da capital.
Ao Giniton, Amim afirmou que cinco criminosos poderiam ter participado da execução, entre eles, Adriano da Nóbrega, que, segundo Amim, saía do Condomínio Floresta, no Rio das Pedras, para promover execuções, e Ronnie Lessa, que saía da região do Quebra-mar ou de seu condomínio na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca.
Portanto, a PF concluiu que Giniton tinha conhecimento desde o início de que Ronnie Lessa era um potencial suspeito, de modo que foram captadas as imagens do Quebra-mar e do Condomínio Floresta. Mas, segundo o relatório, os policiais não avançaram na captação de imagens na Avenida Lúcio Costa, na orla da Praia da Barra, o que, de acordo com a Polícia Federal, reforça a tese de que Giniton tinha prévio conhecimento de que Lessa saiu do Quebra-mar, mas não quis avançar na captação de imagens.
Aos investigadores, Giniton afirmou não se lembrar da conversa com Marcus Amim.
Lessa e Élcio de Queiroz foram presos em 2019 como os autores do assassinato. Os dois confessaram o crime e fecharam acordos de colaboração premiada que levaram à acusação dos mandantes.
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