Moradora mostrou a bala que quase atingiu seu maridoRede Social/"Maré não vive"
"Foi Deus que livrou meu marido. A gente escutou o primeiro tiro, quando ele levantou para olhar veio o segundo e atravessou a parede, só que a bala pegou no braço dele já sem força e amassada", relatou.
LIVRAMENTO
— Maré Não Vive (@MareNaoVive) August 25, 2024
"Foi Deus que livrou meu marido, Agt escutou o primeiro tiro aí ele levantou quando ele levantou pra olhar veio o segundo e atravessou parede só que a bala pegou no braço dele já sem força e amassada"
ATENÇÃO MUITOS TIROS NA NOVA HOLANDA, PU E BAIXA DO SAPATEIRO pic.twitter.com/1VNhTztoTm
VEJA: Bala voou firme por volta das 5h da manhã entre traficantes e policiais na favela da Nova Holanda (CV), no Complexo da Maré.
— BAÚ DO RIO OFC (@baudorio) August 25, 2024
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A ação da Polícia Civil e da Secretaria de Ordem Pública (Seop) conta com apoio da Polícia Militar. Moradores chegaram a flagrar a presença de diversos blindados da corporação nas comunidades.
Segundo a Seop, as equipes já finalizaram a demolição do pavimento de um dos prédios, o que permite a entrada das máquinas, restando apenas a desocupação dos prédios vizinhos para o trabalho com a retroescavadeira. Até o momento já foram descaracterizados 32 prédios, com mais de 162 unidades (apartamentos). A demolição das construções irregulares seguirá nos próximos dias.
No sábado, uma equipe da Secretaria de Habitação esteve na comunidade Parque União, na Maré, e cadastrou cerca de 40 unidades. Nos próximos dias será feita a análise dos cadastros feitos, verificando quais se enquadram no direito de receber o Auxílio Habitacional Temporário, sendo considerada inicialmente a lista da Associação de Moradores no primeiro dia de atuação da Seop na comunidade.
Manifestação de moradores
Já os colégios municipais retomaram as aulas na quinta-feira (22), após 24 unidades ficarem fechadas na terça (20) e na quarta (21). A ONG Redes Maré estima que, ao todo, 9 mil alunos foram prejudicados.
As investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) apontam que o Parque União vem sendo utilizado há anos, por meio da construção e abertura de empreendimentos, para lavar o dinheiro acumulado com o comércio de drogas. Ainda conforme a Civil, no esquema, há a participação de funcionários de órgãos representativos da região, como a própria Associação de Moradores.
"As ações revelaram uma estratégia da facção criminosa de colocar ao menos uma pessoa em cada unidade habitacional para fingir que são moradores e dificultar as demolições. Na primeira fase da operação, cerca de 90% dos prédios estavam vazios", afirma a corporação.
Além da demolição, as ações resultaram na recuperação de mais de dez veículos que, segundo a Civil, são produtos de roubo ou furto, e na apreensão de grande quantidade de entorpecentes, como maconha, cocaína, crack e ecstasy, que estão sendo contabilizados.
Também ao longo da semana, foram apreendidos um fuzil, três pistolas, uma espingarda, um silenciador, seis bombas, 22 carregadores e munições. Os policiais ainda encontraram material roubado, incluindo 500 caixas de produtos de beleza, 37 galões e latões de tinta e peças de carros.
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