Homem, que não teve a identidade revelada, foi preso em MagéReprodução
Homem é preso em segunda fase de operação contra golpe do novo número
Ele é apontado como responsável por conseguir informações das vítimas. Agentes foram às ruas para cumprirem cerca de 100 mandados de prisão e busca e apreensão no Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás
Rio - A Polícia Civil do Rio prendeu, na manhã desta quinta-feira (7), um homem na segunda fase da Operação Paenitere, que mira uma organização criminosa especializada no golpe do novo número.
O criminoso, identificado como Felipe Martiniano Marques dos Santos, foi preso em Magé, na Baixada Fluminense. Ele era responsável por obter as informações da vítima antes do golpe, segundo o delegado titular da 12ª DP (Copacabana), Angelo Lages.
"Ele era responsável pela obtenção dos dados das possíveis vítimas e conseguia as informações, como celular, nome de parentes. Muitas vezes, quando se tratava de fraude bancária, ele conseguia informação de quem seria o gerente da conta. Informações que possibilitasse uma engenharia social. Depois, parte da quadrilha entrava em contato com a vítima e iniciava a tentativa de golpe", explicou o delegado.
A ação tem como objetivo o cumprimento de aproximadamente 100 mandados de prisão temporária e de busca e apreensão nos Municípios de Magé, no Rio; Barra do Garças, no Mato Grosso; Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade, Porangatu, Jaraguá, Santa Helena e Britânia, em Goiás. Além disso, agentes visam o sequestro de bens de mais de R$ 7 milhões.
A operação é realizada em conjunto pela Polícia Civil do Estado de Goiás, 12°DP (Copacabana) e Polícia Civil do Mato Grosso.
A investigação começou com a notícia crime de que suspeitos, em Goiás, aplicaram o golpe do novo número ao fingirem ser uma famosa modelo e influencer digital do Estado de Santa Catarina e enganarem a mãe dela, uma senhora idosa que teve um prejuízo de aproximadamente R$ 125 mil.
Na primeira fase, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão.
Com as investigações, constatou-se a existência de uma associação criminosa composta por vários integrantes, cada qual com suas respectivas funções, que praticam golpes contra vítimas residentes em todo o Brasil. A quadrilha movimentou, em quase um ano, aproximadamente R$ 7,1 milhões.
Foram identificados integrantes de todos os níveis hierárquicos da associação criminosa, fechando a cadeia do crime, desde o cabeça responsável pela engenharia social enganando a vítima, o fornecedor de banco de dados de vítimas (grades), os aliciadores de contas bancárias, os responsáveis por fornecer contas para receber os valores das vítima e ainda os responsáveis por fornecer as contas de passagem de segundo nível para ocultarem a origem ilícita dos valores.
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