Moradores da capital do Rio sofrem há cinco dias com falta d'águaDivulgação

Rio - A Águas do Rio informou, neste domingo (1º), que a retomada do abastecimento na capital do Rio entrou na fase final. O prazo de 72 horas para normalização do serviço encerrou às 12h de hoje, no entanto, ainda há muitas reclamações de falta d'água na Grande Tijuca, partes da Zona Sul e Centro.
Nas redes sociais, a concessionária acumula uma série de reclamações de clientes que estão há cinco dias sem água em casa. "A única coisa que vocês sabem responder é que o processo de normalização da água é gradativo e que vai demorar 72 horas. Essas 72 horas já passaram há muito tempo. Quando vamos ter água normalmente?", questionou uma cliente. Uma moradora da Tijuca também se queixou: "Até quando ficaremos sem água na Tijuca? Desde terça-feira sem água. Toda hora vocês dão prazo de 72 horas, mas nunca finaliza esse prazo". 
De acordo com a Águas do Rio, um reparo emergencial da Águas do Rio na Avenida Francisco Bicalho, Região Portuária do Rio, estendeu a interrupção no fornecimento de água nestes locais. Segundo a empresa, uma válvula que é usada para abrir e fechar a água na tubulação travou durante o retorno do abastecimento do sistema Guandu. O serviço foi finalizado quinta-feira (28).
Questionada pela reportagem sobre as queixas dos clientes, a concessionária pediu aos moradores que comuniquem a situação através do 0800 195 0 195, que funciona para ligações gratuitas e mensagens via WhatsApp. "A retomada do abastecimento está em sua fase final. A concessionária pede que os casos pontuais, geralmente em áreas elevadas e pontas de rede, sejam comunicados através do 0800 195 0 195, que funciona para ligações gratuitas e mensagens via WhatsApp, para a análise específica da situação", disse em nota.
O Procon Carioca notificou, na sexta-feira (29), a Águas do Rio por conta de falhas no fornecimento de água na cidade do Rio de Janeiro, que acontecem desde terça-feira (26). A notificação tem o objetivo de apurar infração prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e a empresa tem o prazo de 48 horas para apresentar a defesa ao instituto. Caso seja configurada a infração, a Águas do Rio será multada.
Caminhões-pipa com preços abusivos
Em meio à falta d'água após a manutenção anual do Sistema Guandu, moradores da cidade do Rio denunciam que o preço de um caminhão-pipa chegou a custar R$ 5 mil. Normalmente, esse serviço custa entre R$ 200 a R$ 500, podendo chegar a R$ 1 mil, dependendo da capacidade do caminhão e da complexidade do serviço, como o bombeamento em locais de difícil acesso ou em grandes altitudes.
Nesta sexta-feira (29), as equipes de fiscalização da Sedcon e do Procon-RJ foram enviadas para averiguar os fatos nos bairros que ainda sofrem com o desabastecimento. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, elevar o preço de forma injustificada em situações de emergência, como a falta d’água, é considerado prática abusiva e pode incidir em multa, ou possível interdição do estabelecimento, caso seja constatado.
"O aumento arbitrário de lucros configura também infração contra a ordem econômica, além de constituir crime contra a economia popular", alertou a Sedcon.