Cigarro eletrônico já foi experimentado por 1 milhão de brasileiros, segundo o Ministério da SaúdeAFP

Rio - A Câmara dos Vereadores aprovou em segunda discussão, nesta quarta-feira (4), um projeto de lei que cria uma campanha de conscientização e combate ao consumo de cigarro eletrônico.

A proposta é de autoria da vereadora Rosa Fernandes (PSD) e prevê a realização anual de palestras, eventos e debates sobre os malefícios do produto na última semana de agosto, coincidindo com o Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado no dia 29.

"Já temos uma legião de viciados em cigarro eletrônico no Brasil. As pessoas acham que ele não faz mal à saúde e acreditam que ajuda a abandonar o cigarro tradicional. Mas é puro engano. Esses produtos têm diversas substâncias nocivas e devem ser proibidos pelo bem da saúde da população", declarou a autora do projeto.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), fumantes têm expectativa de vida 10 anos mais curta do que os não fumantes. De acordo com o Ministério da Saúde, o cigarro eletrônico já foi experimentado por 1 milhão de brasileiros, sendo 70% jovens de 15 a 24 anos. Um estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (Opan) mostra que o consumo aumentou 600% nas Américas nos últimos seis anos.

Assim como o cigarro comum, o uso de cigarro eletrônico causa câncer, doenças respiratórias, infarto, hipertensão arterial, lesão pulmonar e morte súbita.