Rio - O menino de 4 anos, morto com um tiro na cabeça após uma discussão entre os pais no Morro da Fé, na Penha, foi enterrado na tarde deste sábado (14) no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. O velório foi marcado por uma confusão generalizada quando o pai da criança, André da Rosa Magno, chegou ao local. Ele foi expulso e teve o carro apedrejado.
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Parentes e amigos da família se reuniram para prestar as últimas homenagens e dar o último adeus à criança. O clima de comoção, no entanto, foi marcado por tensão. Em entrevista ao DIA, Beatriz de Oliveira Gomes, sobrinha de Raquel Gomes Delgado, mãe do menino, comentou sobre o incidente: "Ele chegou a ir lá dentro e depois voltou. Nisso, o pessoal revoltado não queria que ele ficasse, acabou tendo briga. Ele foi embora e chegaram a atacar o carro dele".
O garoto estava dentro do carro com o pai quando foi atingida por um tiro disparado por criminosos da região na noite da última quinta-feira (12). De acordo com o relato do pai da criança, durante uma briga com sua ex-mulher, ela teria acionado traficantes do Morro da Fé com a intenção de matá-lo. Com medo, ele colocou o filho no carro e tentou fugir, mas atropelou um dos criminosos no caminho. Em resposta, os traficantes dispararam tiros contra o veículo, e um dos disparos atingiu a cabeça da criança.
Já Raquel nega ter chamado os traficantes. Segundo ela, foi até a casa do ex-marido apenas para ver o filho, após dias sem contato. Raquel contou que chegou ao local exigindo ver a criança, o que gerou a discussão. Ainda segundo sua versão, o barulho atraiu integrantes do tráfico da comunidade, que tentaram intervir na situação. O desfecho foi a fuga do pai com o menino e os disparos que terminaram de forma trágica.
O menino chegou a ser levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu e morreu na unidade. O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que busca esclarecer as circunstâncias do crime e identificar de onde partiu o disparo.
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