Rio - Um prédio residêncial irregular de três andares começou a ser demolido, nesta segunda-feira (27), no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, por agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop). A construção fica na Rua DW, tem cerca de 500 metros quadrados e fica em uma área que sofre influência do crime organizado da região. A estimativa é de prejuízo de R$ 3 milhões para os responsáveis.
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O imóvel tem três andares, sendo um de uso comum e os outros com seis unidades residenciais cada. O último pavimento já tinha estruturas para construção de mais andares e também foram encontradas duas grandes caixas d’água abertas, o que aumenta o risco de contaminação por dengue. De acordo com a Seop, o prédio é ilegalizável por não atender aos parâmetros urbanísticos da região.
Engenheiros da Prefeitura do Rio estimam um prejuízo de R$ 3 milhões aos responsáveis, considerando os valores da obra e venda. No último dia 13, foi realizada uma vistoria no local, que verificou que todos os andares estavam com escoras e alvenaria aparente, sem nenhum acabamento. Dez dias depois, as obras foram aceleradas com a intenção de ocupar as unidades e impedir a demolição. Ao chegarem no endereço nesta segunda-feira, os agentes identificaram supostos moradores, que na última vistoria, na sexta-feira (24), não estavam no imóvel.
"Esse prédio que estamos demolindo aqui no Recreio é totalmente ilegal, sem nenhuma condição de aprovação. Ele coloca em risco a vida das pessoas que, porventura, viessem a utilizá-lo. E a gente salienta que, em que pese a Prefeitura tenha feito a notificação sobre a construção ilegal, os responsáveis, ao invés de pararem as obras, aceleraram o ritmo das construções, tentaram ludibriar a fiscalização para fazer crer que haviam pessoas morando", afirmou o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
Carnevale disse ainda que as ações vão continuar em áreas que impactam o ordenamento da cidade. "A gente segue com esse trabalho de demolir construções ilegais, especialmente em áreas onde essas construções impactam de forma negativa a boa convivência e a coletividade. E a gente segue trabalhando com esse foco de ordenamento da cidade, preservação da vida e, em certos casos, também de asfixia financeira do crime organizado".
Ainda na mesma rua, foi demolida uma construção comercial com um pavimento, onde funcionava um bar e um depósito. A construção que ocupava cerca de 60 metros quadrados, além de estar em área pública destinada a calçada, construiu uma churrasqueira e um muro impedindo totalmente a circulação de pedestres, que eram obrigados a transitar pela rua.
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