Juliana recebeu a visita dos PMs que a socorreram no Hospital Municipalizado Adão Pereira NunesDivulgação/PM
Estável, estudante baleada por agentes da PRF recebe visita de policiais militares que a socorreram
Jovem está em processo de retirada total da cânula de traqueostomia
Rio – A estudante Juliana Leite Rangel, de 26 anos, que foi baleada na cabeça por policiais rodoviários federais na véspera de Natal em dezembro passado, na Washington Luís (BR-040), altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, recebeu uma visita especial nesta terça-feira (28). Os policiais militares que à levaram ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, no mesmo município, estiveram na unidade.
Segundo a corporação, os PMs responsáveis por socorreram Juliana – que não tiveram os nomes divulgados – entregaram a ela flores e uma camisa do Fluminense, seu time do coração.
Quadro estável
Segundo a direção do HMAPN, Juliana apresenta boa condição clínica e se recupera na enfermaria, para onde foi levada após receber alta, no sábado (25), do Centro de Tratamento Intensivo (CTI), onde ficou por mais de um mês. Ela está acordada, lúcida, interagindo bem e se comunicando – no domingo (26), inclusive, deu uma entrevista para o "Fantástico", da TV Globo.
Ainda de acordo com a unidade, a jovem, que tem caminhado com auxílio, realiza fisioterapia respiratória e motora. A equipe de fonoaudiologia a acompanha no processo de retirada total da cânula de traqueostomia, que avança "conforme avaliações diárias e tolerância da própria paciente".
Neurologicamente, Juliana, que já recebeu alta pela equipe da neurocirurgia, não apresentou novos sintomas ou déficits. Ainda não há previsão de alta geral.
Jovem ficou entre a vida e a morte
Juliana foi atingida na cabeça por um tiro, socorrida e levada para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, na noite do dia 24 de dezembro. Ela, os pais, o irmão e a namorada dele, seguiam de Belford Roxo, na Baixada, para a casa da irmã, em Itaipu, Região Oceânica de Niterói, onde a família faria a ceia de Natal.
Quando o carro da família passava pela Rodovia Washington Luiz (BR-040), na altura de Duque de Caxias, agentes da PRF dispararam contra o veículo. Um desses tiros perfurou a traseira do veículo e atingiu Juliana e o pai dela na mão direita.
A reportagem procurou a Polícia Federal, que investiga o caso, e a defesa dos três policiais suspeitos, mas não teve retorno. O espaço permanece aberto.
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